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Presidente da CNI diz temer “bolha” entre consumo e oferta

Presidente da CNI, Ricardo Alban, é membro do Conselhão do governo Lula e discursou em reunião desta quinta-feira (27/6)

atualizado

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Michelli Fioravanti/CNI
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, conversa com interlocutor e gesticula com a mão esquerda levantada
1 de 1 O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, conversa com interlocutor e gesticula com a mão esquerda levantada - Foto: Michelli Fioravanti/CNI

Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse temer uma “bolha” entre o consumo e a oferta. Alban discursou em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (27/6) no Itamaraty, com presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros de Estado.

Alban, que é membro do Conselhão, disse que o país tem assistido ao aumento do financiamento aos consumidores. “Nós estamos criando talvez uma bolha ou talvez estamos criando algo mais delicado que possa ser um abismo entre o consumo e a capacidade de oferta. Essa é a reflexão que temos que fazer, porque estamos inibindo a capacidade de oferta e, certamente, em um prazo muito curto vamos ter problema de pressão inflacionária mesmo com o crédito por uma total incapacidade do setor produtivo”, alertou ele.

O presidente da CNI ainda defendeu o equilíbrio fiscal e disse que o ajuste pode ser feito não só com o controle das despesas, mas também destravando investimentos.

Nos últimos dias, o presidente da República tem colocado em dúvida a necessidade de corte dos gastos públicos. Na quarta-feira (26/6) em entrevista ao portal Uol, Lula afirmou ainda não saber se “precisa efetivamente cortar” gastos para equilibrar as contas públicas, mas já descartou a possibilidade de reduzir o salário mínimo para atingir esse objetivo.

O petista também negou mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas pensões e aposentadorias, hoje vinculadas ao salário mínimo.

Selic

Crítico do atual patamar da Selic, Alban disse que a taxa básica de juros da economia brasileira leva a concluir que o país tem uma política “altamente contracionista”.

“Eu acho que a discussão não é mais se o juro deveria ter reduzido ou não reduzido na última reunião do Copom, mas por que ele se encontra no nível de 10,5%. Será que fomos muito conservadores nos últimos dois anos? Será que temos uma cultura que nos impede que os juros sejam mais baixos?”, questionou.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) interrompeu o ciclo de cortes e decidiu manter a taxa juros básica em 10,5% ao ano.

Os empresários defenderam que a autoridade monetária poderia ter promovido uma queda nos juros, justificando que a inflação está sob controle e que é preciso juros mais baixos para que haja condições de investimento.

Para a CNI, foi uma decisão “inadequada e excessivamente conservadora”.

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