Presidente da Caixa libera gravata vermelha e proíbe piadas sexistas
Em reunião interna com servidores, Daniella Marques criticou atitudes de Pedro Guimarães, mas não o citou nominalmente
atualizado
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A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, afirmou em reunião que o banco não é lugar de piadas sexistas. Daniella assumiu a presidência da instituição financeira em meio a acusações de assédio sexual e moral contra o ex-presidente Pedro Guimarães.
Daniella critica atitudes de Guimarães como falar alto e trabalhar aos fins de semana, mas não o cita nominalmente. As declarações foram dadas durante um evento interno para todos os servidores da Caixa, restrito a funcionários.
Daniella também desobrigou o uso de gravatas por homens e também na cor vermelha. Durante a gestão de Guimarães, o vermelho era proibido, porque remetia à cor do Partido dos Trabalhadores.
As denúncias de assédios sexual e moral foram reveladas pela coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
Servidores, no entanto, relatam que o ambiente permanece tenso, pois ex-diretores da gestão de Pedro Guimarães ainda continuam em cargos de chefia e no comando de subsidiárias da Caixa, como a Caixa Corretora e Caixa Loterias.
MPT abre inquérito
O Ministério Público do Trabalho (MPT) transformou em inquérito civil a investigação preliminar aberta contra Pedro Guimarães pelas possíveis práticas de assédios sexual e moral.
No despacho, cujo teor foi obtido pelo Metrópoles, o procurador Paulo Neto, do MPT no Distrito Federal, considera, inicialmente, que a denúncia “configura infringência à ordem jurídico-trabalhista e aos direitos coletivos dos trabalhadores”. A decisão é desta terça-feira (26/7).
O MPT também concedeu 10 dias para a Caixa Econômica Federal juntar ao inquérito cópia integral dos procedimentos administrativos decorrentes do recebimento de 14 denúncias apresentadas entre 2019 e 2022 no canal interno contra Pedro Guimarães.