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Presidenciáveis divergem sobre reforma trabalhista no 1º de maio

Em ato organizado pela Força Sindical, Aldo Rebelo, Manuela D’Ávilla e Paulo Rabello de Castro comentaram novas legislação

atualizado

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1 de 1 centraissindicais - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A comemoração do 1º de maio da Força Sindical em São Paulo deu espaço para três presidenciáveis de diferentes posições do espectro político: Aldo Rebelo – do Solidariedade, partido que nasceu a partir da Força Sindical e integra a base do governo Michel Temer –, Manuela D’Ávila (PCdoB, de oposição) e Paulo Rabello de Castro (que deixou o governo federal para disputar o Planalto pelo PSC).

Enquanto Aldo e Manuela criticaram a reforma trabalhista, alegando perda de direitos, Rabello de Castro seguiu a linha de que a recessão econômica teria sido a grande vilã dos trabalhadores.

“Eu sou professor de economia do trabalho, formado pelos maiores professores da Universidade de Chicago [EUA]. Hoje é a recessão que faz o desemprego, a perda do direito. A precarização realizada por essa meia reforma, essa meia sola, ela apenas acentuou as características da recessão”, disse o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele adotou uma posição crítica ao governo Temer. “Os últimos dados de diminuição, até acentuada, da carteira de trabalho assinada, você verifica o quanto houve uma precarização da relação. A gente saiu de uma realidade complexa, que é o contrato de trabalho dos anos 1940, e fomos para uma relação de precariedade sem pensar um minuto nas consequências. Que é bem a cara do governo que eu conheci”, acrescentou.

Perguntado se acreditava que a perda de direitos trabalhistas contribui para a recessão, Rabello de Castro disse não haver relação. “Direito trabalhista é a moldura de uma relação sadia de trabalho. Não existe direito trabalhista em uma moldura sem quadro. Agora não temos o quadro, porque o quadro não é de emprego, é de desemprego”, argumentou.

Aldo Rebelo
A visão do presidenciável é oposta à da maioria dos presentes no evento. Segundo ele, a defesa dos direitos sociais é uma questão de princípios para sua legenda. “Mas o Solidariedade é um partido aberto, conversa com todo mundo”, afirmou.

Perguntado se sua legenda vai passar à oposição ao governo por conta da reforma trabalhista, o presidenciável respondeu “não”, mas considerou conflituosa a relação com o Planalto. “O Solidariedade tem sido muito crítico ao governo. Foi crítico na questão trabalhista, na questão da Previdência, na reforma sindical. Então a relação com o governo tem sido também uma relação de conflito”, concluiu.

Manuela D’Ávila
Única presidenciável de oposição presente, Manuela disse haver um esforço para tornar o 1º de maio desse ano mais politizado devido à reforma trabalhista e à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele é o primeiro operário presidente do Brasil. Isso aumenta a responsabilidade para que os atos sejam mais politizados”, disse à reportagem, a caminho do ato da CUT.

Ela e Aldo Rebelo também vão participar da celebração unificada da CUT e da Força Sindical em Curitiba (PR). Segundo a organização da festa da Força Sindical, a presença de outro candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT), era esperada, mas ele não compareceu. Procurada, sua assessoria de imprensa afirmou que ele cumpre agenda fechada e nunca confirmou participação no ato.

O governador e candidato à reeleição Márcio França (PSB) cancelou presença devido ao incêndio no centro de São Paulo. Pelo mesmo motivo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) deixou o evento antes de subir ao palco. O pré-candidato do MDB ao governo paulista, Paulo Skaf, também era esperado, mas não compareceu.

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