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Presidência do G20: Brasil recebe primeiras reuniões no Itamaraty

Brasil assumiu presidência do G20, grupo das maiores economias do mundo em dezembro, e sediará os primeiros encontros esta semana

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
Lula faz coletiva na Índia após o G20
1 de 1 Lula faz coletiva na Índia após o G20 - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil dá início, a partir desta segunda-feira (11/12), às atividades da agenda de trabalho na Presidência do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo. O Palácio Itamaraty, em Brasília, sediará os cinco primeiros encontros – entre eles, uma proposta inédita, ao longo da semana.

Pela primeira vez na história dos grupos, as trilhas de Sherpas (representantes pessoais dos líderes) e de Finanças terão um encontro conjunto para debater os temas que guiarão as atividades até o fim da gestão brasileira, em novembro de 2024.

Nos primeiros encontros ao longo da semana, a agenda contará com reuniões bilaterais e plenárias focadas na atuação do bloco na conjuntura global (veja a programação completa abaixo).

No total, a presidência brasileira do G20 vai organizar 74 reuniões técnicas e 25 encontros ministeriais e que culminarão com a cúpula dos líderes nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.

A trilha política é coordenada por Maurício Lírio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. Já a trilha financeira tem como coordenadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

Líder do G20 até novembro de 2024

O Brasil assumiu a presidência do G20 oficialmente neste mês de dezembro, e segue na liderança do grupo até novembro do próximo ano.

Ao longo da gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o país focará na redução das desigualdades, com ênfase no combate à fome e à pobreza, e apostar no desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, com transição energética e aplicação de economia verde.

Dessa forma, o país criará, ao longo do mandato, duas forças-tarefas: a Aliança Global contra a Fome e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. “O Brasil é o porto seguro para que as pessoas possam vir, investir e fazer com que esse país se transforme em um definitivamente desenvolvido”, disse Lula.

Agenda de reuniões no Itamaraty

Nesta segunda-feira e na terça (12/12), ocorrem as reuniões das trilhas de Sherpas. O grupo é comandado por emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maior parte dos trabalhos.

Na próxima quarta-feira (13/12), as duas trilhas realizam pela primeira vez uma reunião conjunta para alinhar os temas.

Nas cúpulas anteriores, o encontro entre as duas trilhas acontecia somente na cúpula final da presidência dos países. A antecipação da reunião conjunta, mapeando intersecções e alinhando encaminhamentos em comum entre o setor social e ambiental e o setor financeiro, é uma inovação da presidência brasileira.

Em seguida, em 14 e 15 de dezembro, estão marcadas as reuniões da trilha de Finanças. O encontro trata de assuntos macroeconômicos estratégicos e é comandado pelos ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros.

O ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, deverá dar uma declaração na quinta (14/12), às 9h30.

Agenda brasileira no G20

À frente do foro internacional, o mandatário brasileiro pretende pautar ações usando como fio condutor três temas principais, caros à diplomacia do governo Lula: proteção à Floresta Amazônica e contenção das mudanças climáticas; combate à fome e desigualdade; e nova governança global, com reformas em organismos multilaterais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).

Em discurso na reunião virtual do G20, o chefe do Executivo citou a Argentina e o continente da África para pedir “uma discussão sobre como fazer o financiamento para os países pobres”, se não “a gente não vai ter solução. Ricos vão continuar ricos, pobres continuar pobres, e quem está com fome vai continuar com fome”.

O ministro Fernando Haddad propôs uma “reglobalização sustentável do ponto de vista social e do ponto de vista ambiental“, a fim de reintegrar os países em uma liderança “com outros olhos”, voltados para as questões prioritárias do Brasil nesse mandato, como igualdade e sustentabilidade.)

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