Presa por imunizar empresários, enfermeira estaria agindo há um mês
Claudia Pinheiro, que está presa, é investigada pela Polícia Federal por vacinar moradores de bairros nobres de Belo Horizonte
atualizado
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A Polícia Federal de Minas Gerais investiga se Claudia Mônica Pinheiro, suspeita de participar do esquema de vacinação ilegal contra Covid-19 articulado por empresários do ramo de transportes em Belo Horizonte (MG), já aplicava vacinas contra o coronavírus de forma ilegal há um mês.
O Jornal Nacional divulgou, na noite desta sexta-feira (2/4), que moradores de bairros nobres de Belo Horizonte também foram vacinados, segundo a PF, pela mulher que se passava por enfermeira. Ela foi presa na noite da última terça-feira (30/3).
Os investigadores têm indícios de que Cláudia, que na verdade é cuidadora de idosos, já tinha um esquema de vacinação em domicílio desde o início do mês de março.
Claudia é a mulher de jaleco que aparece em um vídeo vacinando empresários, políticos e parentes em uma garagem de uma empresa em Belo Horizonte. Entre os empresários vacinados, estão o ex-senador e ex-vice-governador de Minas Gerais Clésio Andrade, segundo reportagem divulgada pela revista Piauí.
Na casa de Cláudia, os investigadores encontraram seringas e ampolas de soro fisiológico. Não foi encontrado imunizante contra a Covid-19. Para a polícia, isso reforça a hipótese de que as pessoas que pagaram para serem vacinadas foram enganadas.
A defesa de Cláudia disse que ela possui bons antecedentes e não tem qualquer condenação criminal.