“Preocupado com o vírus hoje”, rebate Paes sobre Carnaval na Sapucaí
Reunião entre prefeito do Rio e comitê científico acontecerá na quarta-feira (12/1). Paes recebeu a terceira dose da vacina contra Covid
atualizado
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Rio de Janeiro – Na manhã desta segunda-feira (10/1), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, tomou a terceira dose da vacina contra a Covid-19. Na ocasião, aproveitou para falar sobre sobre a rápida disseminação da Covid-19 na cidade e da polêmica realização do Carnaval na Sapucaí.
Uma reunião entre a prefeitura e o comitê científico, que assessora o prefeito na pandemia, está marcada para próxima quarta-feira (12/1). Depois da conversa, uma decisão final sobre os desfiles das escolas de samba do Rio pode já ser tomada, assim como aconteceu com o carnaval de rua, que foi cancelado.
Para ele, a preocupação em relação à pandemia deve ser analisada agora, já que, para os desfiles ainda faltam 50 dias.
“Não quero mais ficar debatendo um evento que vai acontecer daqui a 50 dias, quando eu tenho que tratar dessa semana. A gente entende, pelas regras atuais, que eventos onde você pode ter controle, onde você pode exigir passaporte da vacinação e, eventualmente, testagem, não têm problema nenhum de acontecer. Vamos tratar disso todo dia, mas eu estou preocupado com essa semana”, disse Paes.
Em relação ao Carnaval de rua, o prefeito afirmou que a decisão teve como base também o período em que a festa costuma começar, no final de janeiro: “Começaria agora. Por isso precisávamos tomar uma decisão. E é um ambiente que você não controla”, afirmou o gestor.
Durante a coletiva, o prefeito chegou a ironizar e afirmou que o vírus não é “devoto de Momo”, em referência ao Rei Momo. “O Carnaval é uma coisa que acontece daqui a 50 dias. Vamos falar da Páscoa também? Vai que o Ômicron gosta do coelhinho ou de chocolate”.
Diálogo com o comitê
Paes, no entanto, reforçou que sempre dialoga com o Comitê Científico da prefeitura e que respeita as regras. Segundo ele, até o momento, alguns representantes do Comitê Científico do Governo do Estado apresentaram apenas uma medida contrária à realização da festa para as escolas de samba.
“Se o meu Comitê definir medidas restritivas, eu sigo eles. São eles que nos comandam. Eu acho que é quase uma perseguição ao Carnaval, a celebração da Marquês de Sapucaí. Nós estamos, nesse momento, com as pessoas fazendo as coisas, tocando a vida. Então, vamos discutir esse momento. Eu estou preocupado com o vírus hoje, não com ele daqui a 50 dias. Hoje, eu não tenho nenhuma indicação do Comitê para tomar nenhuma medida”, enfatizou.
Nesta manhã, a administração municipal também reabriu o posto de vacinação na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, ao público.