“Prendam esses homens”, pede filho de diarista morta com idosa no Rio
Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e Alice Fernandes da Silva, de 51, foram mortas dentro de apartamento incendiado no Flamengo
atualizado
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Rio de Janeiro – A notícia da morte de Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e da diarista Alice Fernandes da Silva, de 51, chegou no meio da tarde de quinta-feira (9/6), através do filho de Alice, que foi até o Flamengo, na zona sul do Rio, buscar informações.
Diogo Fernandes, de 27 anos, deixou a mãe no trabalho pela manhã e iria buscá-la quando ela terminasse o serviço que fazia três vezes por semana, há mais de 20 anos, na casa de Martha. E não voltou a vê-la com vida. Ele se emociona ao falar da situação e clama para que a justiça seja feita.
“Eu só peço às autoridades que prendam esses homens que fizeram isso com minha mãe, com duas pessoas de bem, duas mulheres indefesas. Roubassem tudo do apartamento, mas não fizesse isso com elas. Minha mãe tem seis netos e agora eles estão perguntando da avó”, disse.
Local do crime
Diogo conta que viu imagens de vídeo do dia do crime. Na gravação, aparecem dois jovens de máscaras e bonés. Segundo ele, os rapazes se identificaram na portaria e autorizaram a subida, já que eram conhecidos. “Eles entraram lá por volta de 13h30, horário que minha mãe fez o último contato com a gente, no grupo da família. Depois disso mandei mensagem e nada”, disse ao Metrópoles.
Martha, dona do apartamento do Flamengo, zona sul do Rio, foi encontrada carbonizada em sua própria cama. Já Alice, a diarista que trabalhava para a idosa três vezes por semana há mais de 20 anos, foi encontrada caída no corredor, com uma mordaça na boca. As duas tinham sinais de degolamento.
Os homens ficaram por mais de 2 horas no apartamento e só saíram após incendiar o imóvel. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Tentativa de extorsão
Diogo conta que segundo informações de uma das filhas de Marta, dois homens fizeram serviços na casa da idosa, mas tentaram extorquir mesmo após receber o pagamento.
“O serviço foi feito, foi pago, mas eles queriam mais dinheiro. Dona Marta falou que o serviço já tinha sido pago e que não daria mais nada a eles. Em outro episódio eles voltaram lá com o pé na porta”, relatou o filho da diarista.
Nordestina
A família de Alice conta que ela morava em São Cristóvão, zona norte do Rio, com o marido. Ela veio do nordeste há mais de 30 anos para arrumar um emprego e reconstruir a vida com os filhos:
“Alice era uma pessoa apaixonante. O amor dela pela vida, pela família, pelo ser humano era lindo. Ela era boa até demais. Mãe de três filhos, de seis netinhos e trabalhava para essa senhora há mais de 20 anos. A história de vida dela era muito emocionante, todos amavam ela. Estamos devastados”, disse Elias Ramos, 42, sobrinho de consideração da diarista.
O enterro da diarista vai acontecer no sábado (11/6), no cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, zona oeste da cidade.
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