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“Preferência de Alckmin é por chapa com Lula”, diz aliado de ex-tucano

Aliado de Alckmin, Pedro Tobias diz que “está bem adiantada a conversa com Lula pelo PSB, mas tem também a possibilidade de ir para o PSD”

atualizado

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Na foto, sob um fundo amarelo, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o então presidente Lula (PT) conversam sentados em evento - Metrópoles
1 de 1 Na foto, sob um fundo amarelo, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o então presidente Lula (PT) conversam sentados em evento - Metrópoles - Foto: Ana Nascimento/ Agência Brasil

São Paulo – O ex-governador Geraldo Alckmin sinalizou a aliados que hoje sua preferência é ser candidato a vice-presidente em uma chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No PT, no entanto, a resistência ao nome de Alckmin ainda precisa ser superada, e o próprio Lula precisaria manifestar expressamente ao partido que também quer o antigo adversário como vice.

“Hoje a preferência de Alckmin é por chapa com Lula. Mas na política tudo pode mudar”, afirmou ao Metrópoles o ex-deputado Pedro Tobias, antigo aliado do ex-tucano que se desfiliou com ele do PSDB.

Além da vontade mútua de Lula e Alckmin, o casamento do PT com o PSB nas eleições presidenciais também depende de um acordo local em São Paulo, pelo qual se discute que Fernando Haddad (PT) desistiria de concorrer ao governo e sairia ao Senado, na mesma chama de Márcio França (PSB), que seria o candidato a governador.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

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Caciques petistas ainda tratam a discussão de uma chapa Lula-Alckmin como uma “generosidade” de Lula e uma vantagem competitiva para Alckmin. Aliados de Alckmin embalam o assunto de outra forma: um gesto de humildade de Alckmin que dá credibilidade a Lula.

“Está bem adiantada a conversa com Lula pelo PSB. Mas tem também a possibilidade de ir para o PSD”, diz Tobias.

Plano B

Como plano B, se o casamento do PSB com o PT não vingar no estado de São Paulo, Alckmin ainda alimenta o plano de se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab. Na sigla, aliados de Alckmin contam com um hipotético recuo na disposição do senador Rodrigo Pacheco (PSD), de concorrer à Presidência da República, de modo a permitir que Alckmin seja vice de Lula.

De qualquer jeito, o ex-governador já tinha como compromisso de Kassab uma candidatura ao governo de São Paulo. No momento, essa é sua última opção.

A aproximação entre Lula e Alckmin ganhou força nos últimos meses, mas aliados do ex-governador não esperam uma decisão antes do ano que vem. Tanto para o ex-tucano quanto para o petista, ganhar tempo é ganhar força para qualquer disputa. O limite para indecisão é o prazo legal de filiação partidária: 1º de abril de 2022.

Depois de meses de conversas nos bastidores, a aproximação terá sua primeira encenação pública no próximo domingo (19/12), quando Lula e Alckmin devem comparecer a jantar organizado pelo grupo Prerrogativas, de advogados.

Também participam do evento outros caciques partidários, como Kassab e o presidente do PSB, Carlos Siqueira, no restaurante Figueira Rubayat, nos Jardins, área nobre de São Paulo.

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