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Prefeitura e governo de SP discutem subir tarifa do transporte público

Prefeito Ricardo Nunes disse que não há como 65% de aumento do diesel não refletir no transporte. No entanto, o tema ainda está em análise

atualizado

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Terminal de Ônibus em São Paulo
1 de 1 Terminal de Ônibus em São Paulo - Foto: Oswaldo Corneti/Fotos Públicas

São Paulo – A Prefeitura e o governo estadual de São Paulo estão estudando aumentar a tarifa de ônibus, metrô e CPTM a partir de janeiro de 2022. Nenhuma decisão foi tomada, mas o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ressaltou o aumento de 65% no valor do diesel, que serve para abastecer os ônibus, e disse que a decisão será tomada em conjunto com o governo e com prefeitos da região metropolitana.

É comum que todo início de ano haja aumento, mas neste ano não houve por conta da pandemia da Covid-19. Nunes disse que, caso não haja aumento da tarifa, será necessário aumentar o subsídio que a Prefeitura repassa ao transporte público – um dinheiro que, segundo ele, terá de ser retirado de outras pastas como Educação e Saúde. Atualmente, a passagem custa R$ 4,40.

“Nós tivemos só neste ano 65,2% de aumento do diesel, que o governo federal não conseguiu conter, e isso reflete no custo da tarifa. Essa decisão não vai ser tomada somente por mim, passa pelos prefeitos da região metropolitana, e pelo governo do estado por conta da integração com Metrô e CPTM“, falou.

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O aumento das tarifas do transporte público vai aumentar os gastos dos usuários
A alta doa gasolina e do diesel são alguns dos argumentos da prefeitura de SP para subir as tarifas
O preço da gasolina custa R$ 6,09 o litro em SP
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Tarifa dos trens da CPTM, em São Paulo, devem sofrer reajuste

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O aumento das tarifas do transporte público vai aumentar os gastos dos usuários

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A alta doa gasolina e do diesel são alguns dos argumentos da prefeitura de SP para subir as tarifas

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O preço da gasolina custa R$ 6,09 o litro em SP

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O prefeito ainda afirmou que um tema que precisa ser debatido é uma ajuda do governo federal no custeio de ônibus. Entre as demandas, estão subsídios e desoneração da folha dos funcionários da rede de transporte público.

“A Frente Nacional de Prefeitos têm já há algum tempo pleiteado, junto ao governo federal, um subsídio para o transporte público. Você tem gratuidade dos idosos, mas nenhuma contrapartida do governo federal em relação ao transporte coletivo”, disse. “Em 2020, a prefeitura pagou R$ 3,3 bilhões de subsídio, este ano também outros R$ 3,3 bilhões, e 65,2% de aumento do diesel não tem como não dizer que isso não vai refletir na questão do transporte”.

Decisão até o fim de dezembro

Apesar disso, não cravou se haverá ou não aumento da tarifa. “Existe uma questão tarifária que todo ano é discutida, agora está decidido que vai ter aumento? Não está decidido. Se não houver aumento, o governo vai ter que arcar com subsídio, é um dinheiro que vai sair da educação, da saúde, para pagar o transporte público. Precisa ter do governo federal uma sensibilidade”, acrescentou Nunes.

Já no plano estadual, Paulo Galli, secretário interino dos Transportes Metropolitanos, disse que está fazendo “todos os levantamentos iniciais de custos do Metrô, CPTM e EMTU para avaliar” e disse que uma decisão será tomada no fim de dezembro.

“Não tem nenhum posicionamento fechado agora, nós estamos numa fase de levantamento de todos os reajustes que tiveram neste processo, teve aumento de diesel e aumento de energia elétrica”, explicou Galli.

O governador João Doria (PSDB) criticou o “descontrole do governo federal” pelo aumento no preço dos combustíveis e da energia e afirmou que, em quase dois anos de pandemia, “o governo do estado de São Paulo bancou o sistema de transporte público sem nenhuma ajuda ou contribuição do governo federal”.

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