Prefeitura do Rio suspende aulas em 45 escolas após ataques a ônibus
Medida foi adotada após criminosos iniciarem série de ataques a ônibus no Rio de Janeiro após morte de sobrinho de miliciano
atualizado
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A Prefeitura do Rio de Janeiro determinou a suspensão das aulas, após uma série de ataques a ônibus causados por criminosos em reação à morte de Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” e “Teteu”, nesta segunda-feira (23/10).
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as aulas foram suspensas em 45 escolas localizadas nos bairros de Vila Paciência, Antares, Cesarão, Três Pontes, Inhoaíba e Campo Grande.
Faustão era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, mais conhecido como “Zinho”, e morreu em confronto com policiais civis na Zona Oeste do Rio nesta segunda. Mateus chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Pedro II, mas não resistiu.
Informações preliminares indicam que ao menos 35 ônibus foram incendiados no Rio de Janeiro por conta da morte de Faustão. No entanto, o Corpo de Bombeiros não divulgou números oficiais, uma vez que há ocorrências em andamento.
O governo municipal informou que das, 45 escolas com aulas suspensas, 17 ainda não conseguiram liberar os alunos e profissionais da educação por razões de segurança.
Além disso, os colégios que integram a rede municipal de ensino estão em alerta. No total, 17.251 alunos foram afetados.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), condenou os ataques nas redes sociais e destacou que os incêndios aos ônibus do transporte público afetam, em especial, os moradores da capital fluminense.
“Quando o sujeito, além de bandido, é burro. Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E, para piorar, tivemos de interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus”, escreveu Paes na rede social X, antigo Twitter.
“Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, completou o prefeito.