Prefeitura do Rio interdita CT do Flamengo 19 dias após tragédia
Fechamento do Ninho do Urubu foi confirmado depois que fiscais municipais, acompanhados por policiais da Guarda Municipal, foram ao local
atualizado
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Dezenove dias depois do incêndio que provocou a morte de 10 jogadores da base do Flamengo e deixou outros três feridos, a Prefeitura do Rio interditou nesta quarta-feira (27/2) o CT do clube, conhecido como Ninho do Urubu. A interdição foi confirmada depois que fiscais da prefeitura, acompanhados por policiais da Guarda Municipal, visitaram pela manhã o local, que fica na zona oeste da capital fluminense. A medida tomada pelas autoridades significou o cumprimento de uma ordem que já havia sido determinada pelo município em 2017, mas não cumprida pelo clube.
No edital que ordenou a interdição do CT do Flamengo, publicado no dia 24 de outubro de 2017 e afixado novamente nesta quarta-feira para cumprimento da medida por parte do clube, a Prefeitura do Rio informou que o CT não tem “competente alvará de licença para estabelecimento”.
No dia 15 de fevereiro, após reunião com representantes do Ministério Público do Rio (MP-RJ), da prefeitura e outros órgãos de fiscalização, o Flamengo já havia sido informado de que a prefeitura iria refazer a ordem de interdição ao Ninho. Antes disso, no dia 12, uma vistoria realizada por diversos órgãos do Estado e do Município do Rio identificou irregularidades no CT. Três quadros de luz foram interditados e foram constatados também problemas “de ordem sanitária”.
E todas as questões em situação de desconformidade perante as normas da legislação trabalhista estavam em áreas dedicadas à base ou a funcionários do clube. “A área dedicada aos (jogadores) profissionais estava em condições muito melhores”, afirmou o superintendente regional do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro, Alex Bolsas, ao comentar a vistoria no último dia 15.
Antes desta interdição, a Prefeitura do Rio já havia fechado os CTs do Fluminense e do Vasco, além do alojamento do estádio de Caio Martins, em Niterói.