Prefeitura do Rio derruba mansões de luxo na “Beverly Hills” carioca
As mansões, avaliadas em R$ 4 milhões, estavam localizadas no bairro do Joá, Zona Sul do Rio. A derrubada ocorreu devido a irregularidades
atualizado
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Durante a manhã desta quarta-feira (17/7), quatro mansões avaliadas em R$ 4 milhões começaram a ser demolidas no bairro do Joá, Zona Sul do Rio de Janeiro. A operação foi conduzida por agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop). A derrubada ocorreu devido a irregularidades nas construções.
O Joá, área nobre situada entre São Conrado e Barra da Tijuca, é conhecido pelas paisagens deslumbrantes e exclusividade. A região foi chamada várias vezes de “Beverly Hills carioca”, em referência ao lugar onde vivem várias celebridades de Hollywood, nos Estados Unidos.
Celebridades como Carolina Dieckmann, Marcio Garcia, Cauã Reymond, Angélica e Luciano Huck, e Preta Gil são alguns dos famosos que vivem na região, atraídos pela privacidade e qualidade de vida oferecida pelas mansões luxuosas com vistas espetaculares do mar e da vegetação da Mata Atlântica.
De acordo com a Prefeitura do Rio, o terreno onde algumas casas estavam sendo construídas tinha autorização apenas para uma unidade unifamiliar. No entanto, outras três residências estavam sendo erguidas ilegalmente.
Obras continuaram mesmo após notificações e multas
Os responsáveis pelos imóveis irregulares haviam sido notificados e multados, mas as obras continuaram. As demolições foram inicialmente suspensas após os proprietários recorrerem à Justiça, mas, na última sexta-feira (12/7), a liminar que permitia a continuidade das obras foi derrubada.
Durante a operação, uma das casas estava apenas no primeiro pavimento, enquanto outra apresentava o segundo andar concluído e estava pronta para uso residencial. O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, enfatizou a importância de obter a documentação necessária antes de iniciar qualquer obra.
“Antes de começar qualquer obra ou intervenção urbanística, é importante ter a documentação junto à Prefeitura. Aqui é uma unidade unifamiliar. Isso significa que apenas uma unidade pode ser construída”, explicou Carnevale ao G1.
Ele destacou que a construção das outras três unidades não autorizadas formava quase um condomínio interno, o que é proibido e causa impacto na área urbanística da região.
“Impacta a coleta de lixo, trânsito, tem todo um impacto negativo. Já havia reclamações dessas construções irregulares”, contou.
Um homem que se identificou como proprietário das casas se apresentou durante a ação, mas preferiu não comentar o caso.