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Prefeitura de SP tenta negociar, mas médicos mantêm greve para quarta

Médicos se insurgem contra equipes desfalcadas, pagamentos de horas extras atrasados e falta de insumos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
UBS da Barra Funda, em São Paulo
1 de 1 UBS da Barra Funda, em São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, se reuniu com dirigentes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) na tarde desta segunda (17/1), mas a categoria manteve a decisão de paralisação de 24 horas na próxima quarta-feira (19/1).

Os médicos se insurgem contra as condições precárias de trabalho durante a pandemia da Covid-19, que se intensificaram com o aumento de casos da doença e de gripe nas últimas semanas, e pedem pagamento de horas extras atrasadas, contratação de mais profissionais, melhor gestão de horário e compra de insumos e remédios em falta.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que autorizou o pagamento de 100% do banco de horas acumuladas até 31 de dezembro do ano passado ainda neste mês, com os salários de janeiro, e prometeu que a partir de agora, todas as horas extras e plantões extras serão pagos dentro da folha de pagamento do respectivo mês, inclusive para os servidores.

Além disso, o secretário Edson Aparecido afirmou que já autorizou a contratação de 700 médicos e equipes de enfermagem para atender ao aumento de demanda nas unidades de Atenção Básica, a critério das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs).

Ainda segundo a SMS, será realizada uma adequação nos horários das UBSs aos fins de semana. Isso porque o Simesp reclamou da abertura das unidades sem que houvesse aviso prévio aos profissionais. Agora, só serão abertas as unidades em regiões que têm alta demanda. Inicialmente serão 165 unidades-polo. Se houver nas próximas duas semanas uma estabilização ou redução do número de casos de Covid-19, a abertura das UBSs aos fins de semana será suspensa.

Mas, para o Simesp, o secretário “não apresentou nenhuma resposta capaz de responder às necessidades dos trabalhadores das Unidades Básicas de Saúde (UBS)”. Em nota, o sindicato disse que foram autorizadas a contratação apenas de 140 médicos para a Assistência Médica Ambulatorial (AMA), mas nada para as UBSs.

“As nossas demandas com relação não só a contratação, mas a novas estruturas de saúde para dar conta da demanda espontânea também não foram atendidas. Não foi apresentado nenhum plano de contingência ou de reposição dos profissionais afastados. O que a gente observa é a truculência da gestão na reunião com os médicos, a falta de medidas efetivas e querem mais uma vez que a gente se contente simplesmente com promessas e passagem de responsabilidade para as OSS, ao invés de medidas efetivas”, afirmou o presidente do sindicato, Victor Dourado.

Por isso, decidiram manter a deliberação de convocar uma paralisação no dia 19 de janeiro. Além disso, será realizado um ato em frente à Prefeitura, às 15h.

 

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