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Prefeitos eleitos no Brasil gastaram até R$ 201 por voto. Veja ranking

Relação entre a despesa de campanha, informada nas prestações de contas, e a votação obtida revela o custo do voto dos prefeitos eleitos

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
imagem colorida de TRE-SP faz demonstração à imprensa dos procedimentos a serem adotados nas seções eleitorais no dia da votação. São Paulo(SP), 20/09/2022
1 de 1 imagem colorida de TRE-SP faz demonstração à imprensa dos procedimentos a serem adotados nas seções eleitorais no dia da votação. São Paulo(SP), 20/09/2022 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

As campanhas dos prefeitos que venceram as eleições deste ano, no Brasil, gastaram até R$ 201 a cada voto obtido nas urnas. O dado é resultante do cruzamento entre as despesas informadas pelos candidatos, nas respectivas prestações de contas à Justiça eleitoral, e a votação final que lhes garantiram a vitória.

Levantamento feito pelo Metrópoles revela que o voto mais caro de prefeito eleito no país foi de Arthur Vieira (PP), vencedor da disputa em Riacho dos Cavalos (PB), município que fica a 428 quilômetros da capital João Pessoa. Ele informou uma despesa total de R$ 793,1 mil e obteve 3.929 votos, o que resultou numa razão de R$ 201,86 por cada voto conquistado.

Vieira é empresário, tem 25 anos, é estreante na política e travou uma disputa acirrada com o atual prefeito de Riacho dos Cavalos, Eudim de Dé (União), que tentou a reeleição. A diferença entre os dois foi de apenas 22 votos. A cidade tem 8.493 habitantes, conforme os dados do Censo de 2022.

De toda a receita arrecada pela candidatura do prefeito eleito, R$ 649,5 mil foram repassados pela direção nacional do Progressistas (PP) e R$ 50 mil pela direção nacional do Republicanos, partido do vice da chapa. Os maiores gastos informados foram com publicidade por materiais impressos (R$ 245,3 mil), comícios (R$ 116,8 mil) e serviços prestados por terceiros (R$ 82 mil).

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Arthur Vieira é estreante na política, tem 25 anos e venceu a disputa contra o atual prefeito da cidade
Publicação recente das redes sociais de Arthur Vieira
Júnior teve o segundo voto mais caro do país, entre os prefeitos eleitos, em relação ao total dos gastos de campanha
Júnior Contador, prefeito eleito em Novo Santo Antônio, cidade do leste de Mato Grosso
Elza, prefeita eleita em Altamira do Paraná, teve o terceiro voto mais caro do Brasil, entre os eleitos, em relação aos gastos totais da campanha
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Arthur Vieira, prefeito eleito em Riacho dos Cavalos (PB), e que teve o voto mais caro do Brasil, entre os eleitos, em relação aos gastos totais da campanha

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Arthur Vieira é estreante na política, tem 25 anos e venceu a disputa contra o atual prefeito da cidade

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Publicação recente das redes sociais de Arthur Vieira

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Júnior teve o segundo voto mais caro do país, entre os prefeitos eleitos, em relação ao total dos gastos de campanha

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Júnior Contador, prefeito eleito em Novo Santo Antônio, cidade do leste de Mato Grosso

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Elza, prefeita eleita em Altamira do Paraná, teve o terceiro voto mais caro do Brasil, entre os eleitos, em relação aos gastos totais da campanha

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Segundo voto mais caro foi em Mato Grosso

O segundo voto mais caro, entre os prefeitos eleitos, é de Mato Grosso. Cleomenes Júnior Dias Costa, o Júnior Contador (PSB), de 44 anos, venceu a disputa em Novo Santo Antônio (MT), cidade de apenas 2.015 habitantes e que fica a 965 km da capital Cuiabá.

Ele informou um gasto total na campanha de R$ 153,4 mil e obteve 850 votos, o que gerou uma divisão final de R$ 180,51 por cada voto conquistado. Júnior é servidor público municipal e disputou a prefeitura pela primeira vez. Ele havia sido candidato a vice em 2016, mas não se elegeu.

De toda a receita acumulada pela campanha de Júnior, R$ 67.869,50 foram repassados pelo diretório estadual do PSB, mais R$ 30 mil pela direção nacional do Partido Liberal (PL) e R$ 30 mil pela direção nacional do Podemos. Os maiores gastos de Júnior Contador, de acordo com a prestação de contas, foram:

– Com combustíveis e lubrificantes: R$ 32.120,55;

– Publicidade por materiais impressos: R$ 21.533,00;

– Doações financeiras a outros candidatos e partidos: R$ 19.768,00;

– e atividades de militância e mobilização de rua: R$ 19.414,00.

Confira abaixo o ranking dos 100 eleitos que mais gastaram por voto recebido:

Campanha de prefeita no PR gastou R$ 175 por voto

O terceiro voto mais caro do ranking foi registrado no Paraná. A prefeita eleita Elza Aparecida da Silva (PSD), de Altamira do Paraná, cidade de 3.590 habitantes e que fica a 523 quilômetros da capital Curitiba, chegou a uma razão final de R$ 175,88 por cada voto conquistado.

Ela informou à Justiça Eleitoral, na prestação de contas, um gasto total da campanha de mais de R$ 310,2 mil e obteve 1.764 votos. Elza é ex-prefeita do município, eleita em 2012 e 2016, e decidiu disputar o cargo pela terceira vez este ano.

De toda a receita acumulada pela candidatura, R$ 200 mil foram repassados pela direção nacional do PSD, R$ 39,1 mil pela direção nacional do União Brasil e R$ 35 mil pela direção estadual do Progressistas (PP), partido do vice da chapa. Os maiores gastos de Elza foram com publicidade por materiais impressos (R$ 101,4 mil), despesas com pessoal (R$ 72,2 mil) e serviços advocatícios (R$ 37,7 mil).

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