Prefeito preso por pedofilia em GO fica em silêncio durante depoimento
Ministério Público informou que está à disposição para ouvir denúncias. Número de vítimas subiu para sete com o aparecimento de novo caso
atualizado
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Goiânia – O prefeito de São Simão (GO), Francisco Assis Peixoto (PSDB), usou o direito constitucional de permanecer em silêncio, ao ser ouvido pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) na quinta-feira (29/7).
Assis, como é conhecido, foi preso no último dia 28/7 pela suspeita de crime contra a dignidade sexual de menor. Ele exibiu e tocou no órgão sexual em videochamada com um adolescente de 15 anos. Seis pessoas denunciaram o político até a tarde de quinta.
O atual prefeito foi ouvido na sede do Centro Integrado de Investigação e Inteligência, em Goiânia, pelo promotor Fabrício Lamas, mas permaneceu calado. Assis está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Sete vítimas
Um sétimo denunciante, de 32 anos, deu entrevista à TV Anhanguera/Globo sobre os abusos que teria sofrido quando era criança.
A violência teria ocorrido quando a vítima tinha 11 anos, em um sofá de frente à televisão, na casa de Assis. O atual prefeito teria pegado a mão da criança à época e levado até seu órgão sexual.
“Pediu para que eu não contasse para ninguém, que aquilo era o nosso segredo e a minha única vontade naquele momento era de sair daquele local”, relatou o rapaz na reportagem, que preferiu não se identificar.
A situação descrita pela sétima vítima é semelhante ao relato de outra pessoa que denunciou o prefeito. Um servidor público de 30 anos contou que foi abusado pelo político quando tinha nove anos de idade, em uma piscina de um clube de São Simão. Assis teria levado a mão do garoto até sua sunga.
Canal de denúncias
O Ministério Público de Goiás ainda não confirmou o total de sete vítimas. A previsão é que as investigações sejam concluídas na próxima semana.
Novas denúncias podem ser encaminhadas por intermédio do sistema MP Cidadão ou pelos telefones da Promotoria de Justiça de São Simão (64 3658-1242 e 64 99347-4647). Os nomes dos denunciantes permanecerão em sigilo.
Defesa
O advogado de Assis Peixoto, Dimas Lemes, informou que vai aguardar a conclusão da colheita de provas da investigação para apresentar a defesa completa. Ele defende que a prisão deve ser revogada, pois o cliente não oferece risco à continuidade da apuração.
