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Prefeito do Rio faz apelo para não ser “reprovado” na “escola” da Covid-19

Após quatro semanas, cidade segue em alto risco de contaminação. Vacinação vai ocorrer em sistema drive-thru e no feriadão de Carnaval

atualizado

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Eduardo Paes conversa com Raquel Sheherazade para o Metrópoles
1 de 1 Eduardo Paes conversa com Raquel Sheherazade para o Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Rio de Janeiro – O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), comparou o enfrentamento ao novo coronavírus com a volta às aulas e com a principal meta dos alunos durante o ano letivo. E, segundo ele, a nota da cidade está abaixo da média com a piora na situação epidemiológica da capital do estado, que segue com alto risco de contaminação em todas as regiões.

“Estamos voltando às aulas e tivemos uma piora da nossa nota no boletim da Covid-19. Mantivemos a nota da semana passada, mas o problema é que ela não é boa. Nossa nota está laranja e há uma parcela que desrespeita as regras. Faço um apelo para que a gente melhore nossa nota e passe de ano. Mas, neste momento, temos uma nota ruim”, lamentou o prefeito.

No embalo do ano letivo, o prefeito descartou qualquer possibilidade de suspensão do plano de volta às aulas, mesmo sem data para que os professores sejam vacinados (o grupo só receberá o imunizante depois dos idosos e das pessoas com doenças crônicas pré-existentes).

“Se a Prefeitura tiver que fechar alguma coisa na cidade, a última coisa que vai fechar é a escola. Antes, a gente fecha academias, praias ou qualquer outra coisa. Vamos mudar este pensamento, esta lógica absurda. Já temos gente demais morrendo, não vamos matar uma geração sem educação e sem alfabetização”.

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Início da vacinação no Rio aconteceu no Cristo Redentor
Vacinação contra Covid-19 na Clínica da Família José de Souza Herdy, Barra da Tijuca
Vacinação contra Covid-19 no Rio
Vacinação de idosos no Rio de Janeiro
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Segundo ele, há uma preocupação da gestão municipal com as datas do Carnaval, entre os dias 12 e 17 de fevereiro. Blocos informais e manifestações espontâneas de festa e aglomeração serão fiscalizadas e não estão autorizadas.

“Vamos fiscalizar e coibir as festas. Tudo o que eu queria era brincar o Carnaval, mas não dá, temos que melhorar muita a nota do nosso boletim antes disso”, explicou o prefeito.

Os dias de folia, no entanto, serão dedicados também à vacinação de idosos. De acordo com o calendário divulgado pela secretaria de Saúde, nos dias 12, 15, 16 e 17 serão dedicados à imunizações das pessoas com 90, 89, 88 e 87 anos, respectivamente (confira o calendário completo para o mês de fevereiro).

Para o prefeito, seguindo o esquema de vacinação montado segmentando a aplicação das doses para as pessoas de cada idade em cada dia da semana, a situação do Rio só deve aliviar em abril.

“Quase 100% dos óbitos são de pessoas acima dos 60 anos. Meta é vacinar 100% desse público no fim de março. Situação da cidade segundo o prefeito, só deve melhorar a partir de abril. Vamos ajudar, “os coroas” merecem viver um pouco mais”, apela o prefeito Eduardo Paes.

Descarte de doses de vacinas

O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, explicou ainda a polêmica do descarte de doses, denuncias feitas por funcionários de que haveria uma recomendação para o descarte de frascos abertos, mesmo com doses não utilizadas, caso não haja idosos na fila e o tempo limite de utilização do imunizante tenha sido ultrapassado.

“Isso aconteceu na Zona Oeste, com dois funcionários que abriram o franco no fim do dia com uma pessoa na fila para vacinarem pessoas próximas e isso não pode acontecer. A abertura do frasco de forma intencional não pode acontecer. Agora, claro que não pode haver desperdício e, caso tenha a dose e não haja público alvo, a vacina deve ser aplicada”, justificou Soranz.

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