Prefeitura de SP vai se reunir com blocos para avaliar Carnaval de rua
Ricardo Nunes vai conversar com representantes de agremiações para avaliar autorização para blocos de rua no feriado de Tiradentes
atualizado
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São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta terça-feira (5/4) que o secretário de subprefeituras, Alexandre Modonezi, vai se reunir com os blocos de rua de Carnaval sobre desfiles no feriado de Tiradentes (21/4).
“Não sei qual o tamanho do evento que eles estão planejando. Pedi ao secretário para chamá-los para conversar para que, por meio do diálogo, a gente possa entender qual é o tamanho do evento”, disse.
Segundo Nunes, o poder municipal não fará “objeção”, caso os blocos consigam oferecer infra-estrutura como gradil, segurança, plano de emergência, rota de fuga e ambulância.
“Estamos abertos a dialogar, a contribuir, podemos tentar fazer algo razoável com o tamanho de estrutura que eventualmente a gente possa oferecer e eles conseguirem. Precisamos fazer isso junto, não dá para fazer separado”, complementou o prefeito.
Carnaval no Anhangabaú
Nunes ainda comentou a comparação que os blocos fizeram com outros eventos. “Eles estão questionando o tamanho do evento no Anhangabaú. Mas é um evento privado onde tem a limitação de público. Vão apresentar todas as medidas de segurança aos participantes. Damos todo apoio a todos os blocos, nossa única preocupação é com a segurança das pessoas”, afirmou.
O prefeito se referiu ao festival de Carnaval que o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta vai realizar no Vale do Anhangabaú em em parceria com o Consórcio Viva o Vale e patrocínio da Amstel.
O festival ocorrerá no domingo (24/4), das 14h às 20h. A entrada no evento é gratuita, mas é necessário reservar o ingresso pela internet com antecedência. O público deverá apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19.
Blocos cancelados
Nessa segunda-feira (4/4), a prefeitura havia afirmado em nota que as festas continuavam “canceladas” por não haver tempo hábil para organização.
“A Prefeitura espera que as entidades que representam os blocos de Carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário”, informou.
Ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o prefeito de São Paulo tinha adiantado que os blocos poderiam ir para as ruas se garantirse a organização e condições necessárias.
“Se não garantirem segurança ao público, que venha a colocar em risco as pessoas, não providenciarem banheiros, gradil, ambulância, deve ser negado”, disse Nunes. No entanto, complementou: “Mas os blocos não fariam algo que fosse gerar tumulto”.
Carta dos blocos
A manifestação da prefeitura foi uma resposta para as associações de blocos de rua da cidade que divulgaram uma carta chamada “Carnaval de Rua Livre com Diversidade e Democracia”.
O manifesto destacou que outros eventos esportivos e culturais já estão acontecendo em São Paulo com anuência do poder público. As agremiações, que representam 80% dos blocos, também ressaltaram que o “cenário sanitário parece promissor e estável”.
“Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu”, informou a carta.