Prefeito de Manaus pede ajuda do Exército após onda de ataques
Ao menos 21 veículos e quatro agências bancárias foram incendiadas por traficantes. Dezesseis pessoas foram presas e uma criança, apreendida
atualizado
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O prefeito de Manaus (AM), David Almeida (Avante), defendeu o uso das Forças Armadas para combater a onda de ataques na capital. Até o início da noite desse domingo (6/6), ao menos 21 veículos e quatro agências bancárias foram incendiadas por traficantes.
O chefe do Executivo manauara conversou com o comandante Militar da Amazônia, general Luís Carlos Gomes Mattos, e com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), sobre as atitudes que devem ser tomadas pelo Estado para enfrentar os ataques.
“Se estão fazendo isso durante a luz do dia, o que virá durante a noite pode ser muito pior. Delegacias já estão sendo atacadas. Temos que invocar a GLO [Garantia da Lei e da Ordem]. Está mais do que na hora de o Exército entrar nas ruas. Não se pode deixar que os marginais tomem conta”, disse ele.
David Almeida disse também que pretende fornecer armas à Guarda Municipal de Manaus para evitar a depredação de espaços públicos pelos traficantes.
“Só não armamos ainda em função de alguns decretos que impedem a criação de novas estruturas. Eu vou encontrar o caminho necessário, porque se estou com a minha Guarda Municipal armada aqui, isso não teria acontecido”, afirmou, ao lamentar os incêndios causados na rotatória Umberto Calderaro Filho, conhecida como “Bola das Letras”.
Nesse domingo, o governador Wilson Lima determinou reforço no policiamento em Manaus e região metropolitana.
Informações do departamento de inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSPAM) apontam que a motivação para o início das ações de vandalismo foi a morte, na madrugada desse domingo, do traficante de drogas Erick Batista Costa, o Dadinho.
A ordem de depredação teria partido, ainda segundo a pasta estadual, de dentro de um presídio por membros do mesmo grupo criminoso do traficante.
Dezesseis pessoas já foram presas e uma criança de 11 anos – apontada como olheiro do crime –, apreendida.