metropoles.com

Prazo de adesão à repatriação pode ser estendido para 16 de dezembro

A mudança atende demanda dos governadores, que querem receber os recursos arrecadados com a repatriação ainda este ano.

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Facebook/Reprodução
Alexandre Baldy
1 de 1 Alexandre Baldy - Foto: Facebook/Reprodução

O relator na Câmara do projeto que prevê mudanças no programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), vai propor que o prazo de adesão seja estendido de 31 de outubro, como estabelece a legislação, para 16 de dezembro – e não mais para o último dia do ano, como pensado inicialmente. A mudança atende demanda dos governadores, que querem receber os recursos arrecadados com a repatriação ainda este ano.

Até nesta quinta-feira (22/9), cerca de 75 contribuintes concluíram o processo de repatriação de recursos por meio do programa que, em troca do pagamento de 30% de Imposto de Renda (IR) e de multa, prevê anistia tributária e penal. Segundo fontes do sistema financeiro, o montante arrecadado com essas repatriações foi de aproximadamente US$ 300 milhões, algo em torno de R$ 1,1 bilhão.

Alexandre Baldy justifica que se o prazo fosse estendido até 31 de dezembro, os governadores, que terão direito a parte dos recursos arrecadados, só receberiam o dinheiro em 2016, o que não teria efeito sobre as contas estaduais deste ano. “Se for mesmo aprovada a mudança da data de adesão, será para 16 de dezembro”, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

No relatório de receitas e despesas de 2016, o governo informou que já conta com a arrecadação de R$ 6,2 bilhões com repatriação, o que significa que este montante já está garantido Desse total, R$ 697 milhões devem ir para os governadores, por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Com a grave situação fiscal, os Estados contam com os recursos.

Data. A data de adesão do programa deve ser alterada dentro de um pacote de mudanças que está sendo elaborado por deputados e senadores da base aliada do governo no Congresso. O argumento usado para promover as alterações é de que a lei aprovada no fim do ano passado não dá segurança jurídica aos contribuintes, o que reflete na arrecadação abaixo do esperado.

A alteração considerada mais polêmica será o fim da proibição para que políticos, autoridades públicas e seus parentes possam aderir ao programa. Na Câmara, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, tem articulado o fim da trava. A proibição foi incluída na reta final da votação do projeto da repatriação, no fim do ano passado, para impedir que parlamentares e políticos envolvidos na Operação Lava Jato fossem beneficiados.

Caso a Câmara não aprove o fim da proibição, parlamentares apostam que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir a questão. O Solidariedade, partido presidido por Paulinho, entrou com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) na Corte, no início de setembro, questionando a proibição. O argumento é de que a Constituição estabelece que todos os brasileiros são iguais perante a lei.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?