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Pouco antes do crime, jovem fez foto de facas usadas na morte da amiga

Imagem foi encontrada em celular de adolescente, que é uma das quatro pessoas suspeitas de matar Ariane Bárbara, de 18 anos, em Goiânia

atualizado

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Reprodução
suspeita de matar amiga em goiânia tirou foto das facas utilizadas no crime minutos antes
1 de 1 suspeita de matar amiga em goiânia tirou foto das facas utilizadas no crime minutos antes - Foto: Reprodução

Goiânia – Os elementos envolvendo a morte da jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, ocorrida em agosto deste ano, na capital goiana, seguem surpreendendo. A adolescente de 16 anos, que é uma das quatro pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato, manteve no próprio celular uma foto das facas utilizadas na morte da garota, até então considerada sua amiga.

A imagem foi feita no dia 24/8, às 20h13, ou seja, mesmo dia da morte de Ariane e minutos antes de ela ser pega por aqueles que se diziam “amigos” no local indicado. Ela foi atraída para uma emboscada, ao ser convidada para passear de carro e tomar um lanche no Setor Jaó, bairro nobre de Goiânia.

11 imagens
Ariane Bárbara chegou a mandar áudio para a mãe e foi encontrada morta no dia 31/8, em uma área de mata, em Goiânia
Cadáver foi localizado no mesmo bairro em que garota disse que ia com as amigas
Corpo de Ariane foi identificado pela impressão digital
"Mainha vou sair. Volto ainda hoje, tá?", escreveu Ariane, às 19h49 dia 24/8, ao sair de casa
Mensagens da mãe, preocupada, sem notícia da filha, até a manhã do dia seguinte (25/8)
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Ariane Bárbara tinha 18 anos e foi assassinada por pessoas que se diziam amigas

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Ariane Bárbara chegou a mandar áudio para a mãe e foi encontrada morta no dia 31/8, em uma área de mata, em Goiânia

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Cadáver foi localizado no mesmo bairro em que garota disse que ia com as amigas

MyMaps/Google
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Corpo de Ariane foi identificado pela impressão digital

Instituto de Identificação de Goiás
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"Mainha vou sair. Volto ainda hoje, tá?", escreveu Ariane, às 19h49 dia 24/8, ao sair de casa

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Mensagens da mãe, preocupada, sem notícia da filha, até a manhã do dia seguinte (25/8)

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Ariane e a mãe tinham relação próxima e faziam questão de dizer que se amavam sempre

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Ariane e a mãe, a cabeleireira Eliane Laureano, de 36 anos

Arquivo Pessoal
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A mãe de Ariane, a cabeleireira Eliane Laureano, diz que a filha era amorosa e "iluminada"

Arquivo Pessoal
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Ariane Bárbara, de 18 anos, era filha única

Arquivo Pessoal
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"Perdi meu tudo", diz mãe de Ariane Bárbara, assassinada em Goiânia

Arquivo Pessoal

A investigação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu que a mão da pessoa que aparece na imagem é da adolescente de 16 anos, por causa do esmalte e do anel no dedo polegar. As duas facas foram encontradas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão dos envolvidos, no início de setembro.

Os presos

Além da adolescente, que foi apreendida dias depois, foram presos Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, jovem trans que usa nome social de Freya, Raíssa Nunes Borges, 19, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22. Todos eles estavam dentro do carro  (VW Fox preto) que pegou Ariane no parque Lago das Rosas, no Setor Oeste, na noite do dia 24/8.

7 imagens
Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia
Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime
Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos
Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane
Imagem registrada pela polícia no quarto da Raíssa Nunes Borges
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Três dos quatro presos pela morte e ocultação de cadáver de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos, em Goiânia

Divulgação/PCGO
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Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia

PCGO
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Roupas de Jeferson e a faca utilizada no crime

PCGO
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Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, e tem 18 anos

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Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, presa por participação na morte de Ariane

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Imagem registrada pela polícia no quarto da Raíssa Nunes Borges

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Veículo utilizado no assassinato de Ariane Bárbara Laureano, em Goiânia

PCGO

A faca cromada com cabo de madeira foi encontrada pela polícia dentro de um guarda-roupa na casa de Jeferson, no dia da prisão dele. Já o canivete colorido foi localizado na casa de Raíssa. Quando ela foi presa, ela estava junto da adolescente, na casa dos pais, em Pires do Rio, a 142 quilômetros de Goiânia.

Conforme o horário registrado por câmeras de segurança, eles passaram de carro para pegar Ariane, no Lago das Rosas, por volta das 20h46, ou seja, pouco mais de 30 minutos depois de a menor registrar com a câmera do celular as facas que seriam utilizadas no crime.

Morte para provar psicopatia de “amiga”

Ariane foi esganada e morta a facadas no interior do carro. Ela levou oito golpes de faca no tronco e na perna esquerda. O crime havia sido planejado pelos envolvidos no dia anterior e uma das motivações chocou o Brasil: uma das participantes, Raíssa Nunes, conforme os depoimentos, desejava matar alguém para provar para si mesma se ela era psicopata ou não. A questão era saber se ela sentiria culpa.

No dia 24/8, Ariane recebeu o convite para sair com as amigas e ficou toda animada. Ela avisou a mãe em mensagens trocadas pelo WhatsApp, em tom de alegria, que sairia de carro para lanchar, com tudo pago, e que logo voltaria para casa.

Veja:

Menos de 1h depois de ser pega no parque, ela já estava morta e o corpo já havia sido abandonado, sob pedras e entulhos de construção, numa mata do Setor Jaó.

Do dia 24/8 até o dia 30/8, ela foi dada como desaparecida. O corpo só foi encontrado por causa do forte odor de decomposição. Um dos vizinhos do local estranhou o mal cheiro e foi checar.

Réus e prisão preventiva

O inquérito foi concluído e remetido ao Judiciário. Nessa quarta-feira (4/11), o juiz Jesseir Coelho de Alcântara aceitou a denúncia e tornou réus os três presos maiores de 18 anos. A menor segue apreendida e a acusação referente a ela tramitará paralelamente, seguindo o rito previsto para menores infratores.

As prisões de Raíssa, Jeferson e Enzo (Freya) eram temporárias, até então, e foram convertidas na mesma decisão do juiz em preventivas.

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