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Post em rede aberta leva polícia ao n° 1 da pornografia infantil em GO

Desde 2018, homem compartilhou mais de 4 mil vídeos contendo cenas de abuso de menores. Ele agia na internet, em plataformas de fácil acesso

atualizado

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Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), goiás
1 de 1 Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Um homem de 32 anos que trabalhava como auxiliar de serviços gerais numa clínica de Goiânia foi identificado pela Polícia Civil de Goiás como o indivíduo por trás de perfis que compartilharam mais de 4 mil vídeos de pornografia infantil.

Uma postagem aberta numa plataforma utilizada por grande público e de acesso fácil foi o que gerou a denúncia apresentada à Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC).

Um usuário dessa plataforma percebeu o teor criminoso das postagens e relatou o caso à polícia. A investigação foi rápida, segundo a delegada Sabrina Leles.

A partir dos dados informados nos perfis, como os nomes utilizados por ele para se identificar, quase sempre sugestivos e pornográficos, foi possível estreitar a busca e chegar à identidade do homem, que é considerado o maior armazenador de pornografia infantil de Goiás.

Com endereço residencial e local de trabalho dele em mãos, a polícia foi até ele na quarta-feira (17/2). Ele foi preso na rua e, durante interrogatório, segundo a delegada, confirmou o armazenamento e compartilhamento de imagens de pornografia de menores.

Só no celular que ele carregava consigo, os agentes da DERCC encontraram mais de 1 mil vídeos.

Até recém-nascidas

As imagens, conta a delegada, são de crianças das mais variadas idades, até recém-nascidas. Todas em situação de abuso sexual, estupro e passando por alguma forma de tortura ou sofrimento. O conteúdo será periciado para identificar a origem do material.

Não é descartada, por exemplo, a possibilidade de contatos internacionais. Além de a internet facilitar essa relação com pessoas de outros países, a quantidade de usuários com quem ele mantinha contato é da casa das centenas.

A princípio, ele foi preso em flagrante pelos crimes de armazenamento e compartilhamento das imagens, crimes que podem gerar, juntos, uma pena de até 12 anos de prisão. A investigação apura agora se ele se envolveu na produção desses vídeos e se ele ganhava dinheiro compartilhando esses conteúdos, que são outras tipificações de crime envolvendo pornografia infantil.

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"Não é coisa de deep web", alerta a delegada Sabrina Leles. O compartilhamento criminoso desse tipo de conteúdo ocorre em plataformas de fácil acesso
Delegacia que investiga crimes cibernéticos tem três anos. Só por meio de conhecimento especializado foi possível chegar à identidade do suspeito, que agia desde 2018
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Homem de 32 anos foi preso em Goiânia, suspeito de compartilhar mais de 4 mil vídeos de pornografia infantil. É tido como o maior do Estado, até então

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"Não é coisa de deep web", alerta a delegada Sabrina Leles. O compartilhamento criminoso desse tipo de conteúdo ocorre em plataformas de fácil acesso

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Delegacia que investiga crimes cibernéticos tem três anos. Só por meio de conhecimento especializado foi possível chegar à identidade do suspeito, que agia desde 2018

Desde 2018

A apuração levantou que ele agia continuamente na prática do crime, pelo menos desde 2018. Isso chegou ao conhecimento da delegada, depois que ela cruzou os nomes pornográficos que ele utilizava para se identificar nas redes sociais e descobriu um inquérito no qual ele era citado, em Goianésia, cidade que fica a 198 quilômetros de Goiânia.

Um usuário da internet que mora na cidade fez a denúncia, na época, pela prática dos mesmos crimes. Por se tratar de apuração complexa e que exige meios e técnicas especializadas, a investigação não conseguiu localizá-lo.

Agora, foi possível, devido ao conhecimento dos agentes da Dercc, criada para elucidar, especificamente, crimes cometidos na internet.

“Não é coisa de deep web” 

A delegada Sabrina Leles alerta: “A gente chama a atenção para esses aplicativos de mensagens, de troca de conversa, salas de bate papo. A gente verificou mais uma vez que essas empresas não se preocupam e não imprimem a seriedade que deveria haver no tipo de conteúdo que é compartilhado ali. São aplicativos alcançáveis por qualquer pessoa. Não é caso de dark web ou deep web. É conteúdo aberto”, diz.

O usuário que fez a denúncia, segundo a delegada, estava navegando, despretensiosamente, pela internet, quando se deparou com a prática do delito.

“Tinham centenas de contatos com quem ele mantinha contato. São milhares de vídeos arquivados. Ele fala que ele tem o domínio do que ele fazia, pois sabia atrair pessoas que iriam fornecer esse tipo de conteúdo para ele. Ele tinha facilidade nesse tipo de troca”, expõe Sabrina.

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