Portões de prédios viram alvos de ladrões de metais no RJ; vídeo
Ladrões furtam portões pequenos, de pedestre e até mesmo de garagem, com mais de 2 metros. Crimes aumentaram 78,5% na zona norte e central
atualizado
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Rio de Janeiro – Criminosos que roubam metais têm inovado em seus métodos no Rio. Recentemente, casos de furtos de portões pequenos, de pedestre e até mesmo de garagem têm sido registrados na cidade, com foco especial para a região da Grande Tijuca.
Na madrugada dessa terça-feira (3/5), um homem foi flagrado por câmeras de segurança furtando um portão de mais de 2 metros de um prédio na Rua São Francisco Xavier, no Maracanã, na zona norte do Rio. A ação durou menos de 20 segundos.
Nas imagens obtidas pelo Metrópoles, é possível ver que, sem muito esforço, ele desprende a peça e leva embora em cima da cabeça. Confira o vídeo:
Furtos na região
Há pouco mais de um mês, outro caso semelhante aconteceu em frente ao Estádio do Maracanã. Na ocasião, o ladrão sacudiu o portão de alumínio da garagem e conseguiu arrancá-lo em pouco mais de 2 minutos.
Em um bairro nas proximidades da Tijuca, em São Cristóvão, moradores relatam furtos de portões menores.
“Já foram quatro furtos no condomínio. O portão da bomba de água foi levado na segunda ocasião, no dia 9 de março. Depois, em 7 de abril, voltaram e levaram o portão onde fica o botijão de gás. Por sorte, já tínhamos retirado o botijão, com medo de roubarem também ou de deixarem o gás vazando. Colocamos dentro de casa, foi a solução que achamos”, conta Manuela Martins, de 26 anos, ao Metrópoles.
De acordo com o economista Marcelo Neri, a estagnação econômica somada à alta taxa de inflação no país, além do grande desemprego, pode ser uma explicação para o aumento de furtos como estes.
Segundo o também economista André Bras, o preço do alumínio influencia. Nos últimos 12 meses, o valor do metal teve uma elevação de 7,86%, conforme dados do Índice de Preços ao Produtor Amplo da Fundação Getúlio Vargas.
João Alberto, diretor da Associação de Moradores Nova Tijuca, explica que os casos tinham diminuído com operações em ferros-velhos da região, mas voltaram a subir.
“A PM não está em todo os lugares durante a noite e a madrugada, porém precisa encontrar uma maneira de impedir esses tipos de furtos. Além de portões, furtam também hidrômetros, placas de metais, corrimões, fios nos postes e tudo de metal que possa ser encontrado nos condomínios e no comércio e revendido”, reclama.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), houve um aumento de 78,5% em casos de furtos gerais na localidade que compreende bairros da zona norte e central, como Catumbi, Cidade Nova, Estácio, Rio Comprido, Centro, Caju, Mangueira, São Cristóvão e Vasco da Gama. A comparação foi feita entre o mês de março dos anos de 2021 e 2022.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar afirma que tem trabalhado de forma incessante para combater esse tipo de ação criminosa. “Empregamos reforço de efetivo, equipes em viaturas e a pé, realizamos abordagens e verificações de documentos de diversos indivíduos.
Em caso de flagrante, os envolvidos são presos”, afirma. “É importante que a população registre essas ocorrências em delegacias, pois são fundamentais para a construção de uma análise da mancha criminal mais precisa.”
Outros casos
Grades de rua também são furtadas pelos criminosos na cidade. Na Rua Paula Matos, que fica no bairro de Santa Teresa, na zona central do Rio, um caso foi registrado na última semana.
“Um homem roubou uma parte da grade desse muro por volta de meio dia. No dia seguinte, ele retornou, à noite, com uma outra pessoa para retirar o restante, mas não deixamos”, conta Ieda Nascimento, comerciante que mora na região.
De acordo com ela, durante a madrugada do último dia 28, quando ninguém estava na rua, o criminoso voltou ao local e furtou o que restava da grade. Agora, a encosta do túnel Martim de Sá pode ser acessada pelos novos buracos que foram abertos.
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