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Portal da Transparência teve volume de acessos alto e fora do habitual, diz CGU

Segundo a CGU, responsável pelo portal, técnicos concentram esforços para restabelecer o serviço. Reportagem do Metrópoles impactou buscas

atualizado

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Portal da Transparência do governo federal registrou um volume muito grande de acessos e saiu do ar na noite desta terça-feira (26/1). O serviço está sendo restabelecido pelos técnicos do órgão, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pelo portal.

Em nota, a CGU informou que a instabilidade ocorreu porque o portal recebeu um volume de acessos muito grande e fora do habitual na tarde de terça-feira, o que gerou uma lentidão expressiva nas consultas feitas pelos usuários.

O problema ocorreu em meio à repercussão da reportagem do Metrópoles com dados do serviço que mostram que, no último ano, todos os órgãos do Executivo federal pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos.

“No início da noite, os acessos continuaram bastante elevados, o que aparentemente acabou por acarretar a instabilidade e a consequente indisponibilidade de acesso ao Portal”, disse a CGU.

“A área de Tecnologia da Informação da CGU identificou o comportamento instável e a sobrecarga pela qual o portal está passando e está apurando detalhes da ocorrência para identificar as causas exatas”, prossegue a nota.

Segundo o órgão, os técnicos concentram esforços, de forma prioritária, em busca de soluções para restabelecer o serviço com o mais rápido possível.

A CGU pediu compreensão dos usuários e disse reforçar o compromisso com a transparência.

Lançado em 2004, o Portal da Transparência do Governo Federal é um site de acesso livre, no qual o cidadão pode encontrar informações sobre como o dinheiro público é usado, além de se informar sobre assuntos relacionados à gestão pública do Brasil.

A seção que serviu como base para o levantamento do Metrópoles, o Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia, ainda apresenta lentidão na manhã desta quarta-feira (27/1).

Painel de compras

Levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mostrou que, no último ano, todos os órgãos do Executivo federal pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação a 2019. Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão pagos.

Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, no “carrinho” estiveram incluídos biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado — que associado ao pão forma uma das comidas favoritas do presidente — , geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.

O gasto de mais de R$ 15 milhões em leite condensado se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter na terça-feira. O valor é o equivalente a 7,2 mil latas por dia, ao custo de R$ 162 cada uma. O caso gerou revolta nas redes sociais.

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