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Porta-voz da PMRJ é exonerada do cargo após vídeo com ataques a jornalista

Gabryela Dantas segue como oficial da corporação, mesmo com a exoneração e o afastamento do cargo de porta-voz

atualizado

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Reprodução: O Globo
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1 de 1 tenete - Foto: Reprodução: O Globo

Um vídeo em que a porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, a tenente-coronel Gabryela Dantas, chama de “mentirosas” as reportagens do jornalista Rafael Soares, dos jornais Extra e O Globo, repercutiu e acabou custando o o cargo da agente.

As imagens foram publicadas no Twitter da Secretaria de Polícia Militar, mas foram retiradas do ar nesta quarta-feira (9/12). De acordo com o G1, a exoneração se deu a pedido do governador em exercício, Cláudio Castro.

Nas redes sociais, Castro afirmou:

O jornal afirma ainda que a tenente-coronel Gabryela Dantas segue como oficial da Polícia Militar, mesmo com a exoneração e o afastamento do cargo de porta-voz.

Entenda

Os jornais Extra e O Globo publicaram, na manhã dessa terça-feira (8/12), a matéria “Consumo de munição explodiu no batalhão de PMs investigados pelo homicídio de meninas em Duque de Caxias”.

Após a publicação da matéria, a tenente-coronel Gabryela Dantas disse que a corporação foi surpreendida “com uma matéria mentirosa”, que, “de forma maldosa, dá a entender que houve aumento de consumo de munição por um batalhão da PM”, que estaria envolvido na morte das primas Rebeca, de 7 anos, e Emily, de 5 anos, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última sexta-feira (4/12).

Na fala, ela ainda argumentou que o consumo de munição da unidade não sofreu alterações significativas e representa menos de 10% do consumo publicado pelo jornalista que assina a reportagem.

O vídeo

Nas imagens, que foram apagadas, a porta-voz também disse que o jornalista escreveu a matéria “se aproveitando de uma comoção nacional para colocar a população contra a Polícia Militar”.

O que diz a editora Globo

A editora Globo, responsável pelos jornais Extra e O Globo, afirmou, em nota: “Faz parte da prática jornalística diária lidar com críticas, contestações e pedidos de reparação de alguma informação. No entanto, a Editora Globo repudia os ataques feitos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, que, por meio de um vídeo oficial, classificou o repórter como inimigo da corporação e incentivou a população a divulgar vídeo. Não é papel de uma instituição de Estado atacar pessoalmente um profissional nem incitar a população contra ele”.

“Os números exibidos na reportagem constam de documento produzido pelo batalhão da Policia Militar de Duque de Caxias, chamado de Mapa de Munição. Esse registro é produzido quinzenalmente por todos os quartéis da PM. A reportagem, amparada em tais documentos, obtidos pelo jornalista, ouviu e registrou a versão da Polícia Militar sobre os dados”, segue a declaração.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e os jornais O Globo e Extra também se posicionaram e afirmaram que repudiaram os ataques ao jornalista.

De acordo com a reportagem, a quantidade de munição utilizada em novembro, quando comparada à registrada nas duas quinzenas de julho, é três vezes maior. E, quando comparada à registrada em setembro, é 75% maior.

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O suspeito quebrou o celular da jovem, a soltou e a ameaçou de morte caso ela procurasse ajuda
Os dois jogavam sinuca no bar quando começaram a discutir
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Gabryela Dantas segue como oficial da corporação

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