Alerj suspende prazo da defesa do impeachment e dá fôlego a Witzel
O governador do Rio teria o prazo de 10 sessões para se defender das acusações que embasaram o pedido de impeachment
atualizado
Compartilhar notícia
A Comissão Especial que analisa o pedido de impeachment do governador Wilson Witzel (PSC) suspendeu o prazo de 10 sessões da defesa que seria contado a partir da sessão desta quarta-feira (24/6). A proposta foi feita pelo relator do caso, Rodrigo Bacellar (Solidariedade), e teve adesão de 24 dos 25 parlamentares integrantes do colegiado — o deputado Marcos Abrahão (Avante) estava ausente.
A suspensão vale até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encaminhe à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) as provas dos autos das Operações Favorito e Placebo.
Nessa terça (23/06), o ofício de citação do impeachment, que previa até 10 sessões ordinárias para apresentação da defesa, foi enviado a Witzel. O prazo, contudo, foi suspenso nesta tarde. Agora a comissão especial tem mais cinco sessões para apresentar o parecer sobre o caso.
Devido ao recesso parlamentar e julho, os prazos relacionados ao processo de impeachment do governador só começarão a contar após a volta dos trabalhos – se as informações pedidas ao STJ já tiverem chegado à Alerj.
Em nota enviada ao Metrópoles, a advogada do governador, Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro, afirmou que ainda não tem conhecimento do rito que será seguido no procedimento e que não teve acesso aos documentos que embasam a acusação.
Mas tem “muita confiança” que os deputadas realizarão um julgamento “justo”. “Estamos confiantes que esses vícios serão corrigidos e que o procedimento siga seu curso regular e será evidenciada a inexistência de qualquer crime de responsabilidade pelo governador”, completou.