Servidores federais se unem na manhã desta terça-feira (18/1) em frente ao Banco Central para protestar a favor do reajuste salarial para todas as categorias do funcionalismo.
À tarde, a partir das 14h, os manifestantes devem se deslocar para o Ministério da Economia, em uma ofensiva contra Paulo Guedes, que está resistente às negociações com os servidores.
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Servidores pedem reajuste salarial, em janeiro de 2022
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Centrais sindicais levaram faixas e fotos com dizeres contra o ministro da Economia, Paulo Guedes
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Servidores também pedem a reestruturação de carreiras e criticam a PEC da Reforma Administrativa
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Guedes já se manifestou diversas vezes contra a concessão do reajuste
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Com trio elétrico e bateria, os manifestantes são embalados pela música “Vida de Gado”, do cantor Zé Ramalho. “É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber”
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Cerca de 400 pessoas participam da manifestação desta terça-feira (18/1)
Cerca de 400 pessoas estão em frente ao BC. A mobilização foi organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Juntas, as redes sindicais representam mais de 200 mil servidores.
Com trio elétrico e bateria, os manifestantes foram embalados pela música “Vida de Gado”, do cantor Zé Ramalho. “É duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber”, cantam com ênfase os servidores. Segundo a categoria, no governo Bolsonaro, o congelamento salarial da classe já chega a cinco anos.
Ao fim da canção, subiu no trio elétrico o presidente da Sindicato Nacional dos funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. Ele frisou que, “não havendo negociação com o governo até a segunda quinzena de janeiro, terá paralisação em fevereiro”.
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto
Fábio Vieira/Metrópoles
A revolta do funcionalismo público começou após o Congresso Nacional aprovar o Orçamento de 2022, que cortou verbas da Receita Federal e reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial exclusivo a policiais federais, em pleno ano eleitoral. O aumento para a categoria partiu de uma demanda do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL).
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