Por que Suzane von Richthofen foi isolada das outras detentas na prisão
Suzane está em cela individual na Penitenciária de Tremembé desde começou a frequentar a faculdade devido a protocolo contra a Covid-19
atualizado
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São Paulo – Suzane von Richthofen está em uma cela individual desde que começou, em 29/9, a frequentar as aulas do curso de Biomedicina. Condenada pelo assassinato dos pais, a detenta possui autorização judicial para ir presencialmente a uma faculdade em Tremembé, no interior. As saídas são monitoradas com tornozeleira eletrônica.
O isolamento é previsto no protocolo sanitário para prevenção de Covid-19 da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo. Segundo o órgão, a cela individual é própria para isolamento e fica na ala de progressão de pena da unidade.
Suzane é presa do regime semiaberto na Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, de Tremembé. Na unidade, as detentas foram vacinadas, no mínimo, com a primeira dose de imunizante contra a Covid-19.
Autorização para estudar
Em setembro, o desembargador José Damião Pinheiro Machado, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), entendeu que Suzane preenche os requisitos para o estudo externo, pois está presa há 19 anos, já cumpre a pena em regime semiaberto e “não registra qualquer falta prisional”.
Em junho de 2016, o TJSP já havia autorizado que ela saísse da cadeia para fazer faculdade presencial, mas, na época, não conseguiu cursar pois não tinha como pagar a mensalidade. Agora, o desembargador entendeu que não se deve procrastinar mais a autorização que anteriormente fora deferida, já que mantida “a mesma situação, com bom comportamento carcerário, é seu direito”.
Caso von Richthofen
Suzane foi condenada originalmente a 39 anos de prisão em regime fechado, mas desde 2015 cumpre a pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.
Daniel Cravinhos acabou condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas deixou Tremembé em 2017, após autorização para cumprir pena em regime aberto.
O irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, também participou dos assassinatos e recebeu pena de 38 anos e 6 meses em regime fechado. Ele chegou a conseguir liberação para o aberto, mas após ser preso em 2017 por tentativa de suborno perdeu o direito e precisará cumprir mais 22 anos, 10 meses e 15 dias na P2, em Tremembé.