“Por que oposição não indica membros para a CPMI?”, provoca Padilha
Ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, avalia que visitas a Anderson Torres indicam perda de interesse em CPMI de 8/1
atualizado
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O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provocou nesta segunda-feira (8/5) a oposição bolsonarista, insinuando que o interesse dela pela CPI Mista dos atos de 8/1 está caindo.
“Quero entender por que a oposição até agora não indicou seus membros para a CPMI”, disse Padilha, em entrevista no Palácio do Planalto, quando questionado sobre as visitas de senadores da oposição ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, preso há pouco mais de 100 dias e suspeito de omissões que teriam possibilitado as invasões de 8 de janeiro aos prédios dos Poderes da República.
“Acho que estão indo lá porque não conseguiram sustentar a sua teoria terraplanista, que tinha a CPMI como o grande instrumento, e estão talvez tentando novo caminho”, avaliou Padilha.
A base do governo conseguiu articular ampla maioria na CPMI articulada pela oposição bolsonarista, e também não está ainda indicando os participantes a que tem direito, mas Padilha prometeu que isso será feito no decorrer desta semana.
“A CPMI vai colocar uma pá de cal na teoria terraplanista de que a vítima é responsável pelos atentados terroristas”, acrescentou o ministro de Lula.
Apesar de ser minoria no colegiado, a oposição terá como tática apontar possível omissão de autoridades do governo Lula, como o ministro Flávio Dino, da Justiça, nos motivos que levaram à depredação dos palácios na tentativa de golpe de Estado.