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Por que a Ômicron aumenta necessidade de aprovação de novos antivirais

Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que liberação de dois remédios é muito aguardada

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1 de 1 molnupiravir-MSD-covid19-antiviral - Foto: MSD/Reprodução

São Paulo – O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, acredita que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve autorizar o uso de dois antivirais para tratamento de Covid-19 nas próximas semanas.

“Essas medicações são muito aguardadas, porque existe um subgrupo de pessoas em que as vacinas têm menor efetividade, como aquelas com comorbidades e, principalmente, imunossuprimidas”, afirmou o também professor da Unesp ao Metrópoles.

Os antivirais paxlovid e molnupiravir seriam usados no tratamento ambulatorial da doença. Em conjunto com o imunizante, poderiam reduzir as internações e mortes – ainda mais em grupos de risco -, nesse momento de grande número de casos da Ômicron.

Atualmente, o Brasil conta com apenas um antiviral liberado: o rendesivir, para tratamento hospitalar. No entanto, o remédio ainda precisa ser aprovado para utilização na fase de sintomas mais leves da Covid-19.

Licença revogada

A liberação do paxlovid e do molnupiravir se tornou ainda mais necessária recentemente, com uma baixa nas alternativas. Um medicamento da classe anticorpos monoclonais que estava em uso no Brasil contra o coronavírus, o banlanivimabe/etesevimabe, liberado em maio do ano passado, teve sua autorização de uso emergencial revogada neste mês.

Com a chegada da Ômicron, a Anvisa solicitou à empresa Eli Lilly, responsável pelo medicamento, que liberasse novos dados de eficácia contra a variante do coronavírus. Como a companhia não apresentou informações, a licença acabou revogada.

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Em 2022, a farmacêutica Pfizer e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento Paxlovid  para a rede de saúde brasileira
A farmacêutica enviou um pedido de uso emergencial do remédio para a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), visto que a compra só pode ocorrer após aprovação do órgão
O antiviral de uso doméstico deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede o agravamento da doença
Podem só podem fazer uso do antiviral pessoas acima de 12 anos e com mais de 40 kg, que testaram positivo para a Covid-19 e estão com sintomas
De acordo com a Pfizer, a pílula tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pela Covid-19
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O medicamento oral é apontado pela comunidade científica como o grande ponto de virada no combate à infecção provocada pelo coronavírus

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Em 2022, a farmacêutica Pfizer e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento Paxlovid para a rede de saúde brasileira

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A farmacêutica enviou um pedido de uso emergencial do remédio para a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), visto que a compra só pode ocorrer após aprovação do órgão

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O antiviral de uso doméstico deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede o agravamento da doença

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Podem só podem fazer uso do antiviral pessoas acima de 12 anos e com mais de 40 kg, que testaram positivo para a Covid-19 e estão com sintomas

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De acordo com a Pfizer, a pílula tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pela Covid-19

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Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Ainda não há estimativa de valor do investimento brasileiro. A princípio, os remédios dessa compra serão destinados às unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), não à rede particular de farmácias e hospitais

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O antiviral já tem uso autorizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em diversas regiões da Europa

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Paxlovid e molnupiravir

A Anvisa recebeu da Pfizer na semana passada (16/2) o pedido de uso emergencial do paxlovid. Já a autorização do molnupiravir foi solicitada pela Merck em 26/11.

Segundo a Anvisa, o prazo de avaliação para o uso emergencial e temporário de medicamentos contra a Covid-19 é de até 30 dias.

“A Anvisa tem trabalhado com a máxima celeridade desde o momento em que a Merck fez a solicitação. A liberação deve ocorrer na próximas semanas”, disse o vice-presidente da SBI.

Medicamentos em uso

Além do antiviral rendesivir para tratamento de casos graves, no Brasil também está aprovado o uso do baricitinibe, que consiste em um anti-inflamatório.

Para o tratamento de sintomas iniciais, dois remédios foram liberados no país: o regkirona e o sotrovimabe, ambos da classe anticorpo monoclonal.

“O único que realmente existe bastante disponível no Brasil é o regkirona. O sotrovimabe não tem à venda, não possui importação”, disse Alexandre Naime Barbosa, o vice-presidente da SBI.

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