Por conteúdo ilegal, Telegram bloqueia volumoso grupo bolsonarista
Plataforma se comprometeu com a Justiça, em março deste ano, a adotar moderação ativa no Brasil e coibir fake news e desinformação
atualizado
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O aplicativo Telegram se comprometeu com a Justiça brasileira, em março deste ano, a monitorar e coibir notícias falsas e desinformação. Os efeitos da moderação no Brasil, após ameaça de bloqueio do serviço pelo Supremo Tribunal Federal (STF), começaram a ser percebidos nesta semana.
A plataforma bloqueou um tradicional grupo de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), com mais de 60 mil membros, e avisou os usuários que o fórum B-38 oficial “foi temporariamente suspenso para dar a seus moderadores tempo para fazer uma limpeza por usuários que postaram conteúdo ilegal”.
A informação sobre o bloqueio temporário foi divulgada inicialmente pelo site noticioso Núcleo, especializado em redes sociais, e confirmada pelo Metrópoles.
Ainda de acordo com a reportagem do Núcleo, que já monitorava o grupo antes da ação do Telegram, estavam circulando mensagens com textos como “se formos todos para Brasília. Peguem em suas armas. Porque vamos precisar”. Havia ainda ameaças direcionadas a políticos específicos, cujos nomes o site optou por não citar.
O grupo B-38 existe também em outras plataformas, como Instagram e Twitter, onde segue normalmente ativo. O perfil deles no Twitter tem como publicação fixada uma mensagem do próprio presidente Bolsonaro, com data de 11 de março de 2021, agradecendo aos membros “pela persistência, pela vontade de colaborar”.
Veja:
BOLSONARO AGRADECE AO GRUPO B-38. pic.twitter.com/jpU5BitLW6
— Grupo B-38 (@grupob38) March 11, 2021
Agora, com o grupo bloqueado, quem tenta acessá-lo no Telegram não consegue se juntar e encontra a seguinte mensagem: “Desculpe, esse grupo foi temporariamente suspenso para dar a seus moderadores tempo para fazer uma limpeza por usuários que postaram conteúdo ilegal. Nós reabriremos o grupo assim que a ordem for restaurada”.
Veja (em inglês):
Não há informações sobre que ilegalidades teriam sido cometidas.
O Telegram não se pronunciou sobre o início das atividades de moderação de conteúdo em sua plataforma.
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