Por causa da demanda de sepultamentos, SP estuda plano de contingência
Secretário da capital diz que, caso a cidade passe a fazer mais de 500 enterros por dia, velórios serão suspensos
atualizado
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São Paulo – O secretário municipal das Subprefeituras do município de São Paulo, Alexandre Modonezi, estuda um plano de contingenciamento, caso a capital tenha que realizar mais de 500 sepultamentos diários nos próximos dias.
No dia 30 de março, a capital paulista bateu o recorde de 419 enterros por causa do avanço das mortes por Covid-19 no município. A demanda é tanta que a capital implantou velórios noturnos e teve que contratar emergencialmente mais profissionais nos cemitérios.
Em entrevista à rádio CBN, Modonezi afirmou que São Paulo vive “a maior demanda da história do serviço funerário”.
Segundo o secretário, a Prefeitura de São Paulo possui uma plano de contingência desde abril de 2020 e que poderá ser colocado em prática este mês.
“O plano prevê a contratação de mais sepultadores, mais enterros noturnos e a compra de mais revestimentos especiais para óbitos por Covid”, informa Alexandre Modonezi.
Ainda segundo o secretário das Subprefeituras de São Paulo, o plano prevê que os sepultamentos seriam feitos sem velórios e concentrados em apenas dois cemitérios (o da Vila Formosa e o cemitério São Luiz), fechando todas as outras necrópoles.
“A cidade é muito grande, e a concentração de sepultamentos facilita a logística do município. Isso já foi feito no passado e deu certo”, afirma o secretário.
Também segundo Modonezi, a suspensão dos velórios é necessária para dar conta da demanda e para evitar mais aglomerações, disseminando o vírus.
“A família poderá acompanhar o sepultamento, mas não poderá realizar velório, infelizmente”, declarou.
Ainda segundo o secretário, a cidade alugou duas câmaras frias na Vila Alpina para também atender a maior demanda por cremações.
A demanda em São Paulo por enterros vem aumentando muito. A ponto de o maior cemitério de SP abrir covas após recorde de mortes por Covid.