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Por 13º de servidores, cidades atrasam pagamento de fornecedores

Cerca de dois terços das administrações municipais devem pagar os salários do mês de dezembro, segundo estudo da CNM

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1 de 1 Dinheiro, Economia, Bolsa de Valores, Real, aumento, Baixa, money, gráficos – PIB - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Convivendo com crises fiscais recorrentes, 26,8% das prefeituras no país dependem de receitas extras para pagar 13º salário de servidores. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (13/12/2019) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Cerca de dois terços das administrações municipais devem pagar os salários do mês de dezembro, segundo estudo da entidade. Porém, a maior parcela dos prefeitos, para não atrasarem a folha de pagamentos, devem postergar os pagamentos de fornecedores.

Dos municípios que responderam ao questionário, 48,3% afirmaram que estão com pagamentos de fornecedores atrasados. Sobre a capacidade de fechar as contas do presente ano, 45,3% destacaram que conseguirão honrar as contas, enquanto 15,7% afirmaram não ser possível e 37,8% dependem de receitas extras.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 de novembro e 12 de dezembro deste ano, com a participação de 4.618 municípios, ou seja, 82,90% dos 5.568. Em 51,6% dos municípios pesquisados o governo optou pela parcela única. Para esses, 74,7% farão o pagamento único até 20 de dezembro.

Por outro lado, dos Municípios pesquisados, apenas 5,2% disseram que vão atrasar o pagamento, o que mostra que as prefeituras estão com a intenção de ficar em dia com os funcionários.

Medidas emergenciais
Além disso, a pesquisa mostra que algumas medidas se tornaram necessárias por parte das prefeituras para enfrentar a crise. Várias ações foram adotadas, sendo a redução das despesas de custeio apontada por 3.488 prefeituras. Em seguida, vêm a redução no quadro de funcionários (1.988), a redução dos cargos comissionados (1.878) e a desativação de veículos (1.519).

A questão dos Restos a Pagar (RAP) continua sendo um problema para as prefeituras: 2.546 Municípios irão deixar RAP para o próximo ano, o que corresponde a 55,1% dos pesquisados. Já aqueles que não vão deixar RAP correspondem a 884 ou 19,1%. Os demais 1.148 (24,9%) não sabem e dependem de receitas extras.

“Apesar das dificuldades, os municípios estão conseguindo cumprir os limites de gastos com pessoal e encargos sociais previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Dos Municípios pesquisados, 4.199 (90,9%) estão com o limite do gasto com pessoal sob controle, ou seja, até 60% da RCL”, destaca a entidade.

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