População protesta após falha no fornecimento de energia no Amapá
Moradores do bairro amapaense Jardim 1 bloquearam uma das vias da região e atearam fogo em pedaços de madeira e pneus
atualizado
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Enviados especiais a Macapá (AP) – Um grupo de 50 pessoas residentes do bairro Jardim Felicidade, localizado a 17 minutos do centro da capital Macapá (AP), protestou no fim da noite dessa segunda-feira (9/11) contra o apagão que atinge o estado há uma semana.
De acordo com moradores, houve falha no fornecimento de energia por meio do esquema de rodízio. Pelo cronograma do governo estadual, as cidades estão recebendo energia elétrica de seis em seis horas, mas os populares argumentam que o bairro Jardim Felicidade não foi contemplado no início da noite de segunda, quando a energia deveria ter sido distribuída a partir das 18h, sendo fornecida até a meia-noite.
Os manifestantes bloquearam uma das vias do bairro e atearam fogo em pedaços de madeira e pneus. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar intervieram para apagar o fogo e dispersar a população, mas deixou o local cinco minutos depois.
Após a saída das corporações, os moradores voltaram a incendiar o local, gritando palavras de ordem contra o governador do estado, Waldez Góes (PDT).
Início do apagão
Há uma semana, enquanto ocorria uma forte tempestade em Macapá, uma explosão seguida de incêndio atingiu os três únicos geradores de energia de uma subestação da Zona Norte.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, as causas do incêndio ainda são desconhecidas. Uma investigação foi aberta para apurar a responsabilidade.
O fogo danificou um transformador e atingiu os outros dois — um deles já estava inoperante por causa de uma manutenção realizada desde dezembro de 2019.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que esteve no Amapá para monitorar de perto a situação, até o fim desta semana a energia do Amapá deve ser restabelecida totalmente.
Atualmente, as cidades têm fornecimento de energia parcial, em esquema de rodízio, de seis em seis horas.
Enquanto isso, a Justiça Federal no estado determinou na noite de sábado que a solução completa para a falta de energia ocorra em até três dias a partir da intimação, sob pena de multa de R$ 15 milhões para Isolux — companhia responsável pela subestação atingida pelo incêndio.