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População não perderá os dados, diz Queiroga após ataque hacker

De acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde tem as informações salvas. Pasta sofreu crime cibernético na madrugada desta sexta-feira

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Ministro Marcelo Queiroga fala da suspensao da vacina contra Covid da empresa Pfizer para adolescentes, em coletiva de imprensa no Ministério da Saúde
1 de 1 Ministro Marcelo Queiroga fala da suspensao da vacina contra Covid da empresa Pfizer para adolescentes, em coletiva de imprensa no Ministério da Saúde - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta sexta-feira (10/12), que, mesmo após o ataque hacker sofrido pelo órgão nesta madrugada, os dados da população brasileira cadastrados no sistema do governo federal não serão perdidos.

A declaração foi dada em Belo Horizonte, onde o ministro cumpre agenda oficial durante toda o dia. De acordo com Queiroga, o Ministério da Saúde tem um backup das informações e, apesar do prejuízo, os dados serão recuperados.

“O universo da informática é maravilhoso, por outro lado tem vulnerabilidades. Pessoas criminosas invadem o Ministério da Saúde criando um prejuízo para as pessoas em função dos dados. Mas esses dados não serão perdidos, o MS tem todos os dados. É só uma questão de resgatar esses dados e colocá-los à disposição da sociedade. Existe [um backup dos dados], claro que existe”, disse o cardiologista.

O ataque hacker aos sistemas do governo federal teria “sequestrado” cerca de 50 terabytes de dados relacionados à pasta. A organização Lapsus$ Group assumiu a autoria da invasão, de acordo com a mensagem deixada no site.

Em nota oficial, o órgão informou que uma série de sistemas foram afetados: e-SUS Notifica (sistema de notificação de casos de Covid), Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.

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Ministério da Saúde confirmou o ataque hacker feito durante a madrugada

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A invasão foi definida pelos próprios hackers como “ransomware”, quando o conteúdo é “sequestrado” e cobra-se um valor, em dinheiro ou bitcoin (moeda virtual), para a devolução do material. Às 7h, a página do ministério voltou a ser acessada.

Em Belo Horizonte, Marcelo Queiroga afirmou que o governo federal já investiga o caso e que os criminosos serão “exemplarmente punidos”. 

“Hoje, o empenho total é para esses dados estarem disponíveis no mais curto prazo possível. Está sendo investigado, e assim que tiver alguém culpado será exemplarmente punido”, disse o ministro.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) foram acionados e investigam o ataque. O departamento de informática do Datasus trabalha para o restabelecimento dos serviços, segundo nota do ministério.

Portaria postergada

A situação forçou o governo a adiar, por sete dias, a exigência de quarentena e prova vacinal para viajantes estrangeiros que chegam ao país. As novas regras começariam a valer neste sábado (11/12), mas foram proteladas.

Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a portaria que detalhava as novas medidas, publicada na última quarta-feira (8/12), será postergada. Isso porque, com o ataque hacker aos sistemas, pacientes ficam impossibilitados de emitir o Certificado Digital de Vacinação contra a Covid-19 por meio do aplicativo ConecteSUS.

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