Políticos reagem à nota de Bolsonaro e se dividem entre críticas e apoios
Presidente declarou que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e atribuiu ataques ao “calor do momento”
atualizado
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Políticos e personalidades usaram as redes sociais, na tarde desta quinta-feira (9/9), para comentar nota que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou, na qual diz que às vezes fala “no calor do momento” e que nunca teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia chamou o chefe do Executivo de “frouxo e covarde”.
Frouxo e covarde. https://t.co/Rz3JcsezKm
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) September 9, 2021
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a “harmonia entre os Poderes é uma determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”.
O ministro-Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, também defendeu a harmonia e o diálogo.
A harmonia e o diálogo entre os poderes compõem as bases nas quais se sustenta nosso país. O gesto do presidente @jairbolsonaro demonstra que estamos unidos no trabalho pelo que mais importa, a recuperação do nosso país e o cuidado com os brasileiros.https://t.co/gAtiyI1JVo
— Ciro Nogueira (@ciro_nogueira) September 9, 2021
O pastor Silas Malafaia subiu o tom e disse que continua aliado ao presidente, “mas não alienado”. E voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
CONTINUO ALIADO , MAS NÃO ALIENADO ! Bolsonaro pode colocar a nota que quiser , Alexandre de Moraes continua a ser um ditador da toga que rasgou a constituição e prendeu gente inocente . MINHAS CONVICÇÕES SÃO INEGOCIÁVEIS !
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) September 9, 2021
O vice-presidente da Câmara dos Deputado, Marcelo Ramos, pediu que a nota de Bolsonaro não “sejam só palavras jogadas ao vento”.
Que não sejam só palavras jogadas ao vento, como foram as últimas vezes e que não sirva para apagar todos os crimes cometidos até aqui.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) September 9, 2021
“Bolsonaro é o barril de pólvora que está implodindo o país”, disse o senador Fabiano Contarato.
Bolsonaro é o barril de pólvora que está implodindo o país. Fabricador de crises, viúvo de ditadura, péssimo governante, tiranete desequilibrado. Sua nota de hoje é mais uma vergonha para a República. Impeachment para este terrorista!
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) September 9, 2021
Guilherme Boulos pediu o impeachment de Bolsonaro nas redes sociais.
Tem gente que ama ilusões. Acharam que Guedes e Moro conteriam Bolsonaro. Depois, seria o Lira. Agora, apostam no Temer. Não é a primeira vez que Bolsonaro recua. Sempre avançou novamente. Ele não vai parar sozinho. Só com Impeachment. Não há outra forma de sair deste pesadelo!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 9, 2021
O deputado Thiago Dimas
Tem gente que ama ilusões. Acharam que Guedes e Moro conteriam Bolsonaro. Depois, seria o Lira. Agora, apostam no Temer. Não é a primeira vez que Bolsonaro recua. Sempre avançou novamente. Ele não vai parar sozinho. Só com Impeachment. Não há outra forma de sair deste pesadelo!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) September 9, 2021
O deputado Tiago Dimas disse que o gesto de Bolsonaro foi “acertado”.
Estabilidade, respeito ás instituições e paz. É isso que o Brasil precisa no momento e não mais conflitos. Nesse sentido, destaco aqui o acertado gesto do presidente da República, @jairbolsonaro, hoje com a Declaração à Nação.
Seguimos trabalhando pelo bem de todos!
— Tiago Dimas (@tiago_dimas) September 9, 2021
Entenda
A nota, um claro recuo no tom ameaçador e violento das últimas semanas, foi publicada no site do Palácio do Planalto logo após encontro com o ex-presidente Michel Temer (MDB).
“Quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”, diz o texto assinado por Bolsonaro.
Na nota, o chefe do Executivo federal ainda cita “naturais divergências” em algumas decisões tomadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que tem atingido bolsonaristas e o próprio presidente.
“Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”, prossegue o texto.