Políticos e personalidades participam de manifestação na Esplanada
No protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, discursos em carro de som da organização foram inflamados
atualizado
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Com a manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro em pleno andamento, na Esplanada dos Ministérios, o carro de som da organização do evento foi tomado por discursos de políticos e outras personalidades brasilienses. O protesto começou por volta das 9h deste sábado (29/5), no centro de Brasília.
Vestido nas cores da bandeira brasileira, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, marcou presença no ato.
“Vocês podem notar que estou de amarelo, porque esses fascistas quiseram arredar nosso sonho. Lutaram pela morte quando nós lutamos pela vida. Estou de verde e amarelo porque temos que resgatar as nossas cores”, discursou.
Kakay também chamou Bolsonaro de “fascista” e disse que o mandatário é “responsável pelas mais de 450 mil mortes de brasileiros por Covid-19”.
Alguns parlamentares também participaram do ato, como as deputadas federais Talíria Petrone (PSol-RJ) e Érika Kokay (PT-DF), e o distrital Fábio Félix (PSol-DF).
“Os tempos são dramáticos porque falta comida na mesa do povo. Dramáticos porque falta emprego pro povo trabalhador. Dramáticos porque as filas do SUS esperando um leito de UTI estão cheias de trabalhador preto e periférico”, afirmou Petrone.
Félix criticou o governo Bolsonaro e explicou a razão do protesto na Espanada, mesmo diante da pandemia da Covid-19. “Estamos no meio de uma crise sanitária profunda. Mas o nosso dever de estar na rua hoje é justamente para isso, para dar o nome e o sobrenome do culpado desse processo”.
No mesmo caminho, Arthur Nogueira, vice-presidente regional da UNE-DF, pediu a mobilização do povo brasileiro. “É nosso empenho de mobilizar cada vez mais pessoas. O Brasil que nós sonhamos será construído pelas nossas mãos”.
Para diminuir as aglomerações, a marcha ao Congresso Nacional foi organizada em fileiras, divididas por faixas em diferentes cores. Os manifestantes usavam máscaras. Policiais também fizeram revista para evitar o porte de armas ou material perigoso.
O ato foi organizado por movimentos políticos e estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).