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Políticos de esquerda demonstram preocupação com decisão de Zuckerberg

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, informou que as redes sociais da empresa irão deixar de usar o programa de checagem de fatos

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1 de 1 mark zuckerberg novo estilo moda - metrópoles - Foto: Bloomberg Originals/YouTube/Reprodução

A decisão de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, de deixar de usar o programa de checagem de informações nas redes sociais da empresa gerou repercussão no Brasil. Os políticos, em especial da ala mais à esquerda, demonstraram preocupação com a medida do empresário norte-americano.

Zuckerberg informou, nesta terça-feira (7/1), que as redes WhatsApp, Instagram e Facebook não irão usar mais o sistema de chegarem e passarão a utilizar as “notas de comunidade”, semelhante ao que foi implementado pela rede social X, do sul-africano Elon Musk.

“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura. Estamos substituindo os verificadores de fatos por ‘notas da comunidade’, simplificando nossas políticas e nos concentrando na redução de erros. Ansioso por este próximo capítulo”, disse o CEO da Meta.

O empresário norte-americano ainda citou “cortes secretas na América Latina” que pedem a remoção de conteúdo das plataformas digitais e que na Europa acontece uma espécie de “institucionalização da censura”.

Manuela d’Ávila, ex-deputada federal e estadual, destacou que o caso acontece em decorrência de um avanço do ataque à democracia vigente em diversos países pelas empresas ligadas aos Estados Unidos.

“Não imaginem que se trata de algo afeito a comunicação ou moderação de conteúdo. Não subestimem acreditando que pode ser resolvido pelas secretarias de comunicação dos governos. Essa é a agenda central da geopolítica do nosso tempo. Só uma resposta institucional organizada poderá nos permitir enfrentar essa ameaça”, escreveu Manuela na rede social X.

Já o deputado federal André Janones (Avante-MG) enfatizou que a decisão tomada por Zuckerberg não está ligada à preservação da liberdade de expressão, mas sim à ampliação do capital da Meta.

“Elon Musk e Mark Zuckerberg não se importam com essa tal ‘liberdade de expressão irrestrita’ eles só querem mais poder e mais dinheiro, apenas isso”, alegou o parlamentar pelo Avante.

Já Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, defendeu a regulamentação das redes sociais diante da nova decisão de Mark Zuckerberg.

“As mudanças que a Meta introduziu criam um ambiente de maior confusão na relação das redes sociais com a sociedade brasileira. É fundamental avançar na aprovação da regulação das redes pelo parlamento brasileiro”, disse o ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na Câmara dos Deputados há um projeto de lei (PL) que destrincha a regulamentação das redes sociais. A proposta, no entanto, segue paralisada à espera do avanço de um grupo de trabalho criado para discutir o assunto.

O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), vice-líder da Federação Brasil da Esperança, classificou a medida adotada pelo CEO da Meta como “desculpa esfarrapada” para proteção da liberdade de expressão.

“Sob a desculpa esfarrapada de proteger a liberdade de expressão abre-se para a liberdade de manipulação, de fake news e outros crimes cibernéticos”, indicou o deputado pelo Maranhão.

A modalidade pretendida por Zuckerberg para garantir a liberdade de expressão, as “notas da comunidade”, é uma moderação de conteúdo realizada pelos próprios usuários da plataforma. Elas podem fornecer conteúdos adicionais em contrapartida a material enganoso, fake news ou polêmicas.

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