Ataque bolsonarista: Zema diz que governo falhou para se fazer de “vítima”
O governador de Minas Gerais ainda saiu em defesa de Ibaneis Rocha, governador do DF, e disse que a decisão de Moraes foi injusta
atualizado
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O governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que o governo federal pode ter “errado” propositalmente para se fazer de “vítima”, nos ataques de 8 de domingo, onde manifestantes bolsonaristas depredaram os palácios dos Três Poderes – Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
À Rádio Gaúcha, Zema que é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) talvez tenha feito vista grossa para a eventual chance de vandalismo.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse.
O gestor ainda saiu em defesa das pessoas que “estão se manifestando”, segundo ele, “de forma pacífica”.
“Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, completou.
Na fala, ele ainda saiu em defesa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que foi afastado pelo período de 90 dias em virtude de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Para Zema, a decisão de afastá-lo foi “prematura, desnecessária e injusta”.
Atos terroristas
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, terroristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde de domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e forçar a entrada no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas. Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão receberam ameaças.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o STF. O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.