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Zavascki libera Esteves e mantém prisão de Delcídio

Relator da Lava Jato também manteve a prisão de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador. Decisão foi anunciada nesta quinta (17/12)

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CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO
ANDRÉ ESTEVES É PRESO PELA POLÍCIA
1 de 1 ANDRÉ ESTEVES É PRESO PELA POLÍCIA - Foto: CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MT) e liberar, por meio de medida restritiva, o banqueiro André Esteves. Também continua preso Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (17/12).

Esteves será obrigado a comparecer em juízo quando necessário e vai precisar de autorização para se locomover, porém não usará tornozeleira eletrônica. Além disso, está proibido de exercer qualquer atividade pública ou econômica. Ou seja,  o ex-banqueiro sequer poderá ingressar no BTG ou em “estabelecimentos a ele relacionados”. Em sua decisão, Zavascki determinou também, o “recolhimento domiciliar integral”. Isso significa que, enquanto não arranjar emprego, Esteves terá de permanecer em casa. Depois, poderá sair para cumprir jornada de trabalho, mas terá de passar as noites e os dias de folga em casa.

Os advogados dos acusados contavam com a decisão monocrática de Zavascki para que eles fossem liberados antes do início do recesso, marcado para a próxima sexta-feira (18). Em sessão extraordinária realizada nesta manhã, o ministro Dias Toffoli, presidente da 2ª Turma do STF, não analisou os pedidos de prisão.

Acusações
Os três foram presos em 25 de novembro deste ano acusados de tentar barrar as investigações no âmbito da Operação Lava Jato. A suspeita é que eles tenham planejado a fuga do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a fim de que ele não fizesse acordo de delação premiada.

A principal prova contra o trio é uma gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo. Numa conversa no começo do mês passado, Delcídio e Ferreira cogitam enviar Cerveró para Espanha, via Paraguai, e afirmam que Esteves daria suporte financeiro de R$ 50 mil mensais à família do ex-diretor da Petrobras. O banqueiro não participa da conversa, mas teria tido acessos a trechos da delação de Cerveró.

No começo desta semana, Delcídio comunicou a Teori que “blefou” sobre a participação de Esteves na ideia de ajudar na fuga de Cerveró. Até então, o petista ocupava o posto de líder do governo no Senado. Com informações da Agência Estado.

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