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Zambelli sobre vazamento de Moro: “É trairagem ou crime também?”

Aliada de Bolsonaro e afilhada de casamento do ex-ministro da Justiça, a deputada Carla Zambelli disse estar “magoada” com o padrinho

atualizado

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Zambelli
1 de 1 Zambelli - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou nesta sexta-feira (24/04) estar “magoada e decepcionada” com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro pelo vazamento de mensagens entre os dois, referentes à troca da diretoria-geral da Polícia Federal. Em uma transmissão ao vivo no Facebook, ela questionou o ex-juiz se a divulgação ao Jornal Nacional, da TV Globo, foi “só trairagem ou crime também”.

“Como uma pessoa tira print de uma conversa… eu sou deputada e ele é ministro. Ele vazou conversa com presidente. Não se faz isso com as pessoas, é particular entre eu e ele. Ele tinha mandado [judicial] pra vazar assim? Será só trairagem ou crime também?”, reclamou.

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Mensagens trocadas entre Carla Zambelli e Sergio Moro revelam possível interferência do presidente na PF
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Mensagens trocadas entre Carla Zambelli e Sergio Moro revelam possível interferência do presidente na PF

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As conversas de celular foram transmitidas no Jornal Nacional e mostram a parlamentar pedindo a Moro que aceitasse o nome de Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como substituto de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal. Com isso, evitaria a demissão. Nas mensagens, Zambelli, que tem o ex-magistrado como padrinho de casamento, tenta convencê-lo a não deixar o cargo, com a oferta de que poderia ocupar uma cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em resposta, Moro disse que não estava “à venda”. “Quando ele escreveu assim para mim, eu vi que tinha um coisa estranha. Porque em momento nenhum ofereci dinheiro pra ele”, justificou. A deputada repudiou a divulgação dos diálogos e disse que, do modo como foi divulgado, pareceu que ela estava fazendo algo ilícito.

“O que ele quis dizer ali? Não posso prometer uma vaga no STF, o que quis dizer foi ‘posso te ajudar, seu lugar é no STF'”, explicou. E completou: “Falou como se eu tivesse feito algo ilícito. Achei maligno. É uma apena porque tenho grande admiração pelo trabalho dele”.

A deputada ressaltou ainda que, apesar da saída de Moro no governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ela não deixará de apoiar o chefe do Executivo. “Em nenhum momento passou pela minha cabeça retirar o apoio ao Bolsonaro.

“O fato do Moro sair não muda nada. O Moro vai passar. Vai chegar daqui 10, 20 dias, vai dar aula em algum lugar e a gente vai continuar fechado com Bolsonaro.”

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