Zambelli nega ofensa diz que “vai tomar no c*” foi tirado de contexto
Deputada federal, Carla Zambelli foi representada no Conselho de Ética da Câmara por conta de suposto xingamento em audiência pública
atualizado
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Em comunicado enviado ao Metrópoles nesta quarta-feira (12/4), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) negou ter ofendido o colega Duarte Júnior (PSB-MA) durante audiência pública realizada nessa terça-feira (11/4). A parlamentar foi representada no Conselho de Ética da Casa Baixa, acusada de mandar o outro “tomar no cu” durante uma discussão.
Segundo Zambelli, Duarte citou seu nome de maneira desrespeitosa e contou piadas preconceituosas sobre o seu estado em diversas ocasiões, durante a audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Na sessão de terça, o grupo tentou ouvir Flávio Dino, ministro da Justiça, sobre o decreto que altera normas de posse e porte de armas, os atos terroristas de 8/1, a visita ao Complexo da Maré (RJ) e invasão de terras.
O ministro, porém, abandonou a comissão diante de uma confusão generalizada, que contou com acusações de ameaças de agressão física, machismo, assédio e xenofobia. É nessa última categoria que a deputada encaixa as supostas falas de Duarte Júnior.
“Foi algo que a esquerda chamaria de xenofobia. Após ouvir calada alguns insultos, reagi dizendo: ‘agora só falta você me mandar tomar no c*’. O episódio proporcionou ao parlamentar seus 15 minutos de fama em rede nacional”, disse Zambelli.
“Liberdade para ofender”
A deputada responderá representação movida pelo próprio Duarte. O deputado é aliado de Flávio Dino na Câmara e representou o PSB na audiência pública. Ele afirma que o caso é um “clássico do uso da imunidade parlamentar como liberdade para ofender, sem acrescentar qualquer fato ou ideia ao debate democrático”.
Como mostrou o Blog do Noblat, deste Metrópoles, Zambelli tem agora 5 representações e passa a ser a quarta colocada no “ranking” de parlamentares com maior número de processos no Conselho de Ética, perdendo apenas para Eduardo Bolsonaro (12 ações), Daniel Silveira (9) e Eduardo Cunha (7).