YouTube retira do ar vídeo de fundação do Itamaraty contra uso de máscaras
Em nota, a plataforma disse que “não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte”
atualizado
Compartilhar notícia
O YouTube removeu o vídeo de uma palestra ocorrida em seminário da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Itamaraty, sobre “nocividade do uso de máscaras”. A plataforma disse, em nota, que “não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte”.
A palestra removida fazia parte do seminário virtual A conjuntura internacional no pós-coronavírus, realizado em 3 de setembro, cujo link segue na página da Funag. O YouTube, contudo, não confirmou a partir de quando o vídeo ficou indisponível.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso da máscara pode ser útil para formar uma barreira que limita a propagação de gotículas infecciosas de alguém doente, mesmo daqueles assintomáticos. O uso é importante, principalmente, em ambientes fechados ou onde é difícil manter a distância de pelo menos um metro entre uma pessoa e outra.
“Guerra cultural”
Sob a gestão do chanceler Ernesto Araújo, a Funag tem se tornado ferramenta de olavistas em sua “guerra cultural”, com palestras de blogueiros e militantes bolsonaristas com teses negacionistas e críticas ao “globalismo”.
Ao Metrópoles, a plataforma explicou ter uma série de políticas e que avalia o conteúdo independentemente do canal.
“O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte. Se o proprietário de um canal achar que teve um conteúdo removido erroneamente pela plataforma, é possível contestar a decisão até 30 dias após a emissão do alerta ou aviso. Além disso, qualquer usuário que acredita ter encontrado um conteúdo no YouTube em desacordo com nossas regras pode fazer uma denúncia e nossa equipe fará a análise do material”, diz a nota.
A reportagem também procurou o Itamaraty, que não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.