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Witzel e esposa são acusados de criar “caixinha de propina” com desvios

Por meio de licitações, os políticos e servidores públicos envolvidos seriam pagos mensalmente pela organização criminosa

atualizado

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Witzel
1 de 1 Witzel - Foto: Reprodução / Twitter

Com parte da cúpula do governo do Rio de Janeiro acusada de atos de corrupção em contratos da saúde no Rio de Janeiro, Helena Witzel também virou ré sob denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), além do seu marido Wilson Witzel , afastado do cargo de governador do estado.

No texto que embasou a decisão, é indicado que o grupo teria uma “caixinha de propina” abastecida por organizações sociais e empresas ligadas à saúde. O governo teria sido complacente ao direcionar as licitações para essas empresas.

“O principal mecanismo de obtenção de recursos financeiros pelos grupos era por meio do direcionamento de licitações de organizações sociais, mediante a instituição de uma ‘caixinha de propina’ abastecida pelas OSs e seus fornecedores, e a cobrança de um percentual sobre pagamentos de restos a pagar a empresas fornecedoras do estado”, informou a força-tarefa da Operação.

Um dos casos citados é o da contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha idealizados para o tratamento de pacientes da Covid-19. Para os investigadores, essa organização abastecia a caixinha periodicamente e teria relação com um dos grupos que controla parte dos contratos da saúde no Rio.

Na denúncia, há também menções a uma suposta participação de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na organização que está no alvo dos investigadores.

“O esquema funcionava da seguinte forma: a Alerj repassava as sobras de seus duodécimos para a conta única do tesouro estadual. Dessa conta única, os valores dos duodécimos “doados” eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde era repassado para os Fundos Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, que, por sua vez, recebiam de volta parte dos valores”, explicaram os responsáveis pelo caso.

Ainda, a PGR também apontou que o empresário Mário Peixoto teria feito pagamentos para o escritório de advocacia de Helena Witzel, esposa do governador, citando o ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Netto como outro suspeito no esquema.

Além de Witzel e Helena, o secretário Lucas Tristão e os empresários Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto também foram alvos da Operação.

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Wilson Witzel, como então candidato do PSC ao governo fluminense, apoiou Jair Bolsonaro
O Ministério Público Federal (MPF) apesentou a modalidade de desvio na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder de organização criminosa
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Wilson Witzel, como então candidato do PSC ao governo fluminense, apoiou Jair Bolsonaro

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O Ministério Público Federal (MPF) apesentou a modalidade de desvio na segunda denúncia em que aponta Witzel como líder de organização criminosa

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