metropoles.com

Wellington Dias: “Não adianta trocar ministro sem mudança de visão”

Em entrevista ao Metrópoles, governador do Piauí se coloca como ponte para outras forças políticas ocuparem “vazio” deixado por Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Wellington Dias
1 de 1 Wellington Dias - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), tem buscado a formação de um pacto contra a Covid-19, com a participação de outros governadores, entidades civis, empresários e associações de trabalhadores.

Ao comentar as movimentações para a troca do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Dias apontou que nada adiantará mudar o titular da pasta se o presidente da República manter a visão sobre a gestão da crise sanitária no país.

“O que eu acho e que outros governadores também acham é que a mudança do ministro da saúde nesse instante de nada adiantará. O que a gente precisa é de uma mudança da visão do governo federal. Claro que quem escolhe quem vai ser ministro é o presidente da República, mas a maior mudança que o Brasil precisa é uma mudança de visão do governo federal”, disse o piauiense.

Ele é coordenador do tema da vacina no Fórum Nacional dos Governadores e presidente do Consórcio Nordeste.

7 imagens
Governador do Piauí, Wellington Dias, defende lei seca até depois do carnaval
Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19
Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19
Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19
Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19
1 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias, defende lei seca até depois do carnaval

Divulgação
2 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias, defende lei seca até depois do carnaval

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19

Michael Melo/Metrópoles
4 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19

Michael Melo/Metrópoles
5 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19

Michael Melo/Metrópoles
6 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias tem buscado uma frente ampla de combate à Covid-19

Michael Melo/Metrópoles
7 de 7

Governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e Ibaneis Rocha

Reprodução/Facebook

“O ministro Mandetta (Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde) tinha um conhecimento técnico. Agora, ele tinha uma visão do presidente diferente”, apontou o governador, em entrevista ao Metrópoles.

Bolsonaro decidiu tirar Pazuello e anunciou, na segunda-feira (15/11), o nome do cardiologista Marcelo Queiroga para o cargo. Isso ocorreu após a médica Lughmilla Hajar recusar a pasta alegando divergência com a postura do presidente.

Ao avaliar os motivos citados pela médica Lughmila Hajjar para não aceitar o cargo, o governador disse ter tido a impressão de total falta de “sensibilidade humana” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Lula e outros ex-presidentes

O tom moderado de Dias é estratégico e serve ao propósito de ocupar os chamados “espaços vazios” na política. Diante da ausência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na união de forcas para enfrentar a pandemia, ele tem articulado a inserção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na organização política contra a Covid-19.

Essa função ele recebeu do próprio ex-presidente e já deu início à busca de pontes com os tucanos e outros partidos de centro para poder inserir o ex-presidente na frente de ações contra a Covid-19.

Lula, segundo Dias, ajuda em contatos internacionais para a compra de vacinas.

O governador disse ter conversado com o ex-presidente, que enviou uma carta ao presidente da China, Xi Jinping, com o objetivo de facilitar compra de insumos.

“A ideia é aproveitar a relação boa que líderes brasileiros têm com a China. Isso faz uma diferença danada neste momento em que o mundo se fechou. Lula tem feito contato, tem buscado ajudar. O ex-presidente Michel Temer também”, disse.

“Qualquer coisa que que permita mudança onde a gente possa seguir a ciência, vale a pena”, observou.

“2022, em 2022”

Ao falar de possíveis disputadas eleitorais entre os governadores que integram o pacto, o piauiense apontou que há um combinado entre os líderes estaduais de “deixar 2022 em 2022″.

“Nós, governadores do Brasil, estamos propondo primeiro deixar as disputas de 2022 para 2022. Nossa proposta é que a gente tenha uma união do Brasil no que chamamos de pacto pela vida e pela saúde. Afinal de contas, nós podemos ser adversários, mas não somos inimigos”, discursou Dias.

“O inimigo comum é o coronavírus e, para vencê-lo, precisamos, mais  do que nunca, do poder central no Brasil, ajudando em medidas preventivas nacionais, coordenada e apoiada pelo presidente da República”, destacou o governador.

Medidas preventivas

Na visão dos governadores, segundo Dias, existe um consenso sobre o papel que cada gestor pode desempenhar. No entanto, falta uma coordenação do governo central.

Os governadores garantiram junto ao STF o direito de decretar medidas de distanciamento social, nos níveis que julgarem necessários, a depender das condições em cada estado. Mas essa coordenação, na avaliação de Dias, deveria servir, por exemplo, para se acelerar a vacinação no país.

“Todos esses setores compreendem que há necessidade de medidas preventivas e devem ser coordenadas pelo poder central para que a gente possa conter o coronavírus”, destaca.

Vacinas

“Qual é a novidade melhor agora? É que a gente tem uma possibilidade que não tínhamos no ano passado que é a possibilidade de acelerar com a vacinação”, observou.

Ele critica a visão dissociada entre a condução da economia e as medidas para se resolver o caos na saúde. “Não há uma disputa entre a saúde e a economia. O mesmo efeito que agente espera para a saúde também será para a economia”, destacou.

“Vou citar exemplos concretos do que seria ideal. Precisamos do governo acelerando a compra de mais vacinas, apoiando os estados nas medidas restritivas, apoiando as pessoas que são sacrificadas que são as mais pobres, os empreendedores, os trabalhadores. Enfim, tem que seguir a ciência”, apontou.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?