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Weintraub terá salário de R$ 116 mil e “promoção” causa insatisfação no STF

Ex-ministro da Educação foi indicado ao Banco Mundial. Ele é investigado no Supremo Tribunal no inquérito das fake news

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Weintraub no Senado
1 de 1 Weintraub no Senado - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Ao fazer as malas rumo a Washington, nos Estados Unidos, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, terá um aumento de salário de quase 400% mensais. Os vencimentos dele passarão dos R$ 30.934, pago a um ministro, para US$ 21.547 (quase R$ 116 mil) na direção do Banco Mundial.

Weintraub deixou o Ministério da Educação depois de uma série de polêmicas e de declarações dadas em redes sociais. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news por ter falado em prisão de ministros da Corte e os xingado de “vagabundos”. Weintraub também enfrenta outra ação por suposta prática de racismo ao ironizar a China.

No STF, os ministros não encararam bem a indicação de Weintraub  para o Banco Mundial. Apesar de ter menos potencial ofensivo longe do Palácio do Planalto, integrantes da Suprema Corte entendem a nova atribuição como uma “demissão premiada”.

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Ele assumiu o lugar de Ricardo Vélez, em 2019
O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisa
Ele é um forte aliado do presidente Jair Bolsonaro
A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"
Remanescentes do acampamento Agro se encontram com o  então ministro da Educação, Abraham Weintraub
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Abraham Weintraub deixou o MEC

Andre Borges/Especial para o Metrópoles
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Ele assumiu o lugar de Ricardo Vélez, em 2019

Gabriel Jabur/MEC
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O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisa

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Ele é um forte aliado do presidente Jair Bolsonaro

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A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"

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Remanescentes do acampamento Agro se encontram com o então ministro da Educação, Abraham Weintraub

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Weintraub, na Esplanada, sem a máscara. Nesse dia, ele foi multado em R$ 2 mil pelo GDF

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Ministério da Educação recebeu o auto de infração contra Weintraub no dia 15 de junho

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A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"

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Após saída do governo, Weintraub foi indicado para o Banco Mundial

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Weintraub é investigado no Inquérito das Fake News no STF

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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, irmão de Arthur, também está morando fora do Brasil, após ser indicado para diretoria do Banco Mundial

Luciano Freire/MEC

O salário será livre de impostos — por ser funcionário internacional, ele não é cobrado pela Receita Americana —, situação diferente de quando chefiava a pasta da Educação. Ele foi indicado e, se confirmado, assumirá o cargo de diretor executivo do Grupo de Acionistas que o Brasil representa no Banco Mundial, que inclui Colômbia, Filipinas, Equador, República Dominicana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago.

Segundo o Banco Mundial (Bird), Weintraub será diretor somente até o próximo dia 31 de outubro. Ele cumprirá o restante do atual mandato de Fábio Kanczuk, que deixou o cargo em 2019 para ser diretor de política econômica do Banco Central (BC).

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia antecipado a nomeação dele quando anunciou a exoneração do ministro da Educação. Weintraub alega “lutar pela liberdade”. O ex-ministro da Educação disse em uma rede social, nesta sexta-feira (19/06), que vai sair do país.

As atitudes do ex-ministro geraram desconforto entre o Judiciário e o Executivo e, por isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu fazer um gesto amigável à Corte.

Ainda não se sabe de a mudança de Weintraub para os EUA irá impactar nas investigações. Em nota, o STF informou que é preciso ” aguardar eventual manifestação do relator”. O ministro Edson Fachin é o relator do inquérito das fake news. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do inquérito que apura denunciações caluniosas, ameaças e infrações que podem configurar crimes e atingir a Corte.

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