Weintraub agradece às “dezenas de pessoas” que o ajudaram a sair do país
Ex-ministro da Educação, indicado para a diretoria-executiva do Banco Mundial, postou foto em frente a uma lanchonete em Miami, nos EUA
atualizado
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O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, agradeceu nesta segunda-feira (22/06) às “dezenas de pessoas” que o ajudaram a sair do país após anunciar a sua exoneração do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Hoje, ele está em Miami, nos Estados Unidos.
“Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim”, escreveu Weintraub, em uma rede social. Ele postou ainda uma foto em frente a uma lanchonete.
Confira a publicação original:
Agradeço a todos que me ajudaram a chegar em segurança aos EUA, seja aos que agiram diretamente (foram dezenas de pessoas) ou aos que oram por mim.
Aproveito para dizer que estou bem. Quanto à culinária internacional, ontem fiquei tentado a comer uns tacos, acabou sendo KFC. pic.twitter.com/7Ea3sCVKQW— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 22, 2020
Weintraub desembarcou em Miami, nos Estados Unidos, pouco depois das 7h desse sábado (07/06). O ex-chefe da Educação viajou em um voo comercial da Azul e, segundo a assessoria de imprensa, custeou a passagem com dinheiro próprio.
Apesar de ter chegado no país comandado por Donald Trump como ministro de Estado, o governo brasileiro não comunicou o consulado em Miami sobre a ida de Weintraub. A prática é praxe na diplomacia. O ex-ministro usou passaporte diplomático e visto especial.
Exoneração
A viagem do ex-ministro foi confirmada por Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência da República, que agradeceu “pelas orações” em prol do irmão. Depois de anunciar sua saída do governo Bolsonaro, Weintraub havia dito nessa sexta-feira (19/06) que sairia do Brasil “o mais rápido possível”.
Weintraub deixou o Ministério da Educação na última semana depois de uma série de polêmicas e de declarações dadas em redes sociais. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news por ter falado em prisão de ministros da Corte e os xingado de “vagabundos”. Weintraub também enfrenta outra ação por suposta prática de racismo ao ironizar a China.
Após a demissão, ele foi indicado pelo presidente para o Banco Mundial (Bird). Segundo a instituição, Weintraub será diretor somente até o próximo dia 31 de outubro. Weintraub cumprirá o restante do atual mandato de Fábio Kanczuk, que deixou o cargo em 2019 para ser diretor de política econômica do Banco Central (BC).