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Weintraub à PF: “Participação da China na pandemia não é mera ilação”

Em depoimento no inquérito que investiga racismo contra os chineses, ministro voltou a responsabilizar o Partido Comunista da China

atualizado

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“Não é mera ilação dizer que o governo chinês tem participação na pandemia do novo coronavírus“. A declaração é do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e consta do depoimento dado por escrito à Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (04/06), dentro do inquérito que investiga acusações de que o ministro teria cometido racismo contra os chineses. São informações do G1.

Na audiência, o titular da Educação se disse ofendido com a abertura do inquérito. “Como cidadão, uso minha conta na rede social Twitter para manifestar minhas ideias e me expressar livremente. Algumas manifestações expressam sentimentos, outras buscam informar e outras levantam questões para debate”, depôs.

No documento que entergou à PF, o ministro mantém a opinião de que o Partido Comunista da China teve participação na disseminação da pandemia do coronavírus.

“Não é mera ilação desse subscritor. Trata-se de tema discutido abertamente por diversos líderes mundiais (vide comentário do presidente Donald Trump)”, declarou.

Discussão livre

“Hoje há fortíssimas evidências que o vírus foi criado em laboratório, que o PCC escondeu o início da epidemia e informou a Organização Mundial de Saúde que não havia contágio entre humanos. E, depois,de tudo, vendeu produtos necessários para o tratamento para todo o mundo. É razoável que o tema possa ser objeto de discussão livre”, afirmou Weintraub.

Após sair da PF, Weintraub foi abraçado e carregado por manifestantes que faziam portaria em seu apoio. Cerca de 50 apoiadores o esperavam com cartazes e palavras de ordem. Em um megafone, Weintraub questionou a liberdade de expressão no Brasil.

“Deixa eu falar pra vocês: a liberdade é a coisa mais importante em uma democracia. E a primeira coisa que vão tentar calar é a liberdade de expressão. Obrigada pelo apoio, gente. Estamos juntos”, falou, com gritos de guerra a favor do governo e do ministro.

Weintraub foi abraçado pelos manifestantes até o carro, ainda em gritos o vangloriando. Ao chegar no local, antes de prestar depoimento, o ministro se negou a falar com a imprensa. Ele deixou a sede sem conversar com os jornalistas.

Veja imagens:

Cebolinha

A postagem que gerou o inquérito e reclamações oficiais por parte da China foi feita por Weintraub em 4 de abril deste ano. O ministrou usou uma imagem da Turma da Mônica e escreveu, tentando imitar os erros de português do personagem Cebolinha, que a crise do coronavírus seria uma espécie de “plano infalível” de dominação mundial.

A Embaixada da China no Brasil reagiu e acusou o ministro de fazer declarações difamatórias e associar o país asiático à origem da Covid-19.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello resolveu, então, determinar abertura de inquérito contra Weintraub por suposto crime de racismo, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Acusado de racismo contra chineses, Weintraub depôs por escrito à Polícia Federal
Acusado de racismo contra chineses, Weintraub depôs por escrito à Polícia Federal
O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi exonerado no dia 18 de junho, por ordem de Jair Bolsonaro
O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi exonerado no dia 18 de junho, por ordem de Jair Bolsonaro
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Acusado de racismo contra chineses, Weintraub depôs por escrito à Polícia Federal

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Reprodução/Twitter

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