Waldir: PSL não vai dar de “presente” a expulsão de parlamentares
Congressistas que pedirem para deixar a legenda, assegura o líder do partido na Câmara, terão os mandatos cassados
atualizado
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O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), disse nesta terça-feira (15/10/2019) que o partido não vai expulsar nenhum parlamentar e ressaltou que não há espaço para negociação. Aqueles que quiserem deixar a sigla, informou o deputado, terão os mandatos cassados na Justiça Eleitoral.
“Não tem nenhuma negociação. A gente com certeza vai pedir o mandato, porque existem centenas de suplentes querendo um mandato”, justificou. “Se algum parlamentar quiser ganhar isso de presente, não vai acontecer.”
O deputado disse ainda que os congressistas que anunciaram a crise interna na sigla criaram um “teatro” para ganharem os mandatos. Ele afirmou ainda que o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), continuará no comando da legenda, mesmo após o pedido de busca e apreensão que, em sua interpretação, foi um “circo”.
“O PSL é um partido único, continuamos defendendo [Jair] Bolsonaro. (…) O controle do partido não sairá das mãos do presidente Bivar, o partido não está à venda”, declarou.
Questionado se a operação da Polícia Federal foi em retaliação ao presidente do PSL, Waldir sustentou: “Algumas pessoas sabiam uma semana antes. Eu sou delegado de polícia, monto um conjunto de provas, e há situações suspeitas. Não vai fazer busca e apreensão depois de 10 meses. Aí é circo”.
E completou: “Penso que em alguns momentos a lei de abuso de autoridade foi muito bem votada e vai ter aplicação para muita gente que quer fazer circo”. Waldir confirmou também que ainda há um racha no partido em três alas – a dos militares, dos pragmáticos e dos olavistas.
“Mas agora houve uma subdivisão dessas alas”, justificou. Segundo o deputado, alguns parlamentares já migraram de lado desde o início da crise do PSL, no início do mês.