Deltan: voto secreto é bom para Renan e ruim para combate à corrupção
A medida, tomada pelo ministro do STF, Dias Toffoli, é vista como caminho para Renan voltar ao comando do Senado
atualizado
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O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, Deltan Dallagnol, afirmou, na noite de quarta-feira (9/1), que a votação secreta na eleição da Mesa Diretora no Senado favorece a condução de Renan Calheiros (MDB-AL) à presidência da Casa e dificulta o andamento de projetos de lei contra a corrupção.
A votação secreta foi mantida por decisão desta quarta-feira (9/1) do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. A medida é vista como caminho para eleição de Renan no Senado, já que ele teria a capacidade de agregar mais votos sem a necessidade de exposição dos senadores.
No corpo da Lava Jato, o alagoano é visto como barreira no Congresso para o avanço de pautas como as dez medidas contra a corrupção propostas pelo MPF em 2016. Além disso, é de autoria do senador o projeto de lei contra o abuso de autoridade. Nos moldes atuais, o projeto gerou críticas de juízes e procuradores.
“Decisão de Toffoli favorece Renan, o que dificulta a aprovação de leis contra a corrupção, pois a presidência do Senado decide pauta (o que e quando será votado). Diferentemente de juízes em tribunais, senadores são eleitos e têm dever de prestar contas. Sociedade tem direito de saber”, escreveu Dallagnol em sua conta no Twitter.