“Vontade de fazer as coisas com as próprias mãos”, diz Flávio Bolsonaro
Declarações do senador ocorreram no mesmo dia em que a PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em endereços de bolsonaristas
atualizado
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O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) participou de uma live da empresa Oliveira & Carvalho, especializada em auditoria e consultoria tributária nessa terça-feira (16/06), e afirmou que é momento de dar um “voto de confiança” às instituições, “por mais que dê vontade de xingar e fazer justiça com as próprias mãos”.
Flávio não chegou a ser perguntado, mas fez questão de deixar uma mensagem sobre as recentes desavenças entre os Poderes. As declarações do senador ocorreram no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a comunicadores, empresários, partidários e até mesmo um deputado federal da rede bolsonarista. Parlamentares também tiveram os sigilos bancários quebrados para apurar participação em supostos financiamentos de atos antidemocráticos.
“O momento não é de medidas drásticas, de partir pra dentro de instituições… o Brasil não precisa disso agora. Por mais que, às vezes, dê vontade de xingar um, xingar outro, por mais que a gente perceba sinais de que há algo estranho no ar, o momento nosso é de dar um voto de confiança às instituições, de dar um voto de confiança às autoridades, são todas pessoas maduras, conscientes das responsabilidades que têm”, afirmou o filho mais velho do presidente da República.
O senador classificou como “traumatizante” uma ruptura ou desrespeito à Constituição. “Quem vai pagar o pato vai ser o próprio povo, vai ser o brasileiro. Seria, nessa hipótese, um processo completamente duro, drástico, traumatizante. A gente tem que, a todo momento, não poupar esforços para que haja essa sincronia, haja esse entendimento para que diminua essa desconfiança entre as instituições. Não adianta passar para radicalismo, passar a fazer as coisas com as próprias mãos, a gente tem uma legislação que está sendo respeitada, a gente tem uma Constituição que rege os poderes”.